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Mais de 800 mortos em Marrocos após sismo. Abalo sentiu-se em Portugal

O novo balanço dá conta de pelo menos 670 feridos, mas muitas pessoas continuarão presas nos escombros.

Mais de 800 mortos em Marrocos após sismo. Abalo sentiu-se em Portugal
Notícias ao Minuto

07:57 - 09/09/23 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo Marrocos

O último balanço das autoridades marroquinas aumentou de mais de 600 para pelo menos 820 o número de mortos no sismo registado esta noite, de magnitude 6.8 na escala de Richter, com muitas das vítimas a serem encontradas nas últimas horas em zonas mais isoladas de Marraquexe.

Segundo os dados, apresentados pela televisão estatal e citados pela Sky News e agência France-Presse, há pelo menos 672 feridos que foram hospitalizados no centro do país.

A cidade de Marraquexe é o maior foco das preocupações das autoridades, a mais densamente povoada das regiões afetadas e onde se encontram vários locais reconhecidos pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade - o que implica, em muitos casos, que as estruturas dos edifícios já se encontrem muito degastadas e em risco de colapso. Vários relatos dão conta de rachas profundas nas paredes da cidade medieval (ou 'medina') e de pedaços de uma mesquita que caíram em cima de carros nas ruas.

O Notícias ao Minuto contactou o Ministério dos Negócios Estrangeiros sobre se existem vítimas portuguesas na sequência do sismo, e ainda não obteve resposta.

De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos, que regista a atividade sísmica em todo o mundo, o abalo ocorreu às 23h11 de sexta-feira.

O epicentro foi na localidade de Ighil, situada 63 quilómetros a sudoeste da cidade de Marraquexe.

O terramoto ocorreu a uma profundidade de 18,5 quilómetros, de acordo com a mesma fonte.

Segundo testemunhas citadas pela agência Efe, o tremor foi sentido em cidades do norte, como Larache, a 550 quilómetros do epicentro, bem como em Casablanca e Rabat, a 300 e 370 quilómetros, respetivamente.

O sismo foi sentido em várias regiões de Portugal, confirmou hoje o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Num comunicado, o IPMA disse que o sismo foi sentido com intensidade máxima III/IV, na escala de Mercalli modificada, nos concelhos de Castro Marim, Faro, Loulé, Portimão, Vila Real de Santo António (Faro), Cascais, Lisboa, Torres Vedras, Vila Franca de Xira (Lisboa), Almada, Setúbal e Sines (Setúbal).

Foi ainda sentido com menor intensidade nos concelhos de Coimbra, em Albufeira, Olhão, Silves (Faro), Alenquer, Loures, Mafra, Oeiras, Sintra, Amadora, Odvelas (Lisboa), Santo Tirso, Vila Nova de Gaia (Porto), Santiago do Cacém, Seixal e Sesimbra (Setúbal), acrescentou o instituto.

A escala de Mercalli Modificada mede os "graus de intensidade e respetiva descrição".

Quando há uma intensidade IV, considerada moderada, os carros estacionados balançam, as janelas, portas e loiças tremem, e os vidros e loiças chocam ou tilintam, podendo as paredes ou estruturas de madeira ranger, descreve o IPMA.

O sismo foi sentido também no sul de Espanha, onde o serviço de emergências da Andaluzia registou cerca de 20 chamadas provenientes das províncias de Huelva, Sevilha, Málaga e Jaén.

De acordo com relatos nas redes sociais, o sismo foi sentido ainda no Mali e na Argélia.

Em 24 de fevereiro de 2004, um terremoto de magnitude 6,3 na escala Richter abalou a província de Al Hoceima, 400 quilómetros a nordeste de Rabat, matando 628 pessoas e causando danos materiais significativos.

[Notícia atualizada às 10h53]

Leia Também: Sismo de 6,9 na escala de Richter causa pelo menos 296 mortos em Marrocos

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