A manifestação de hoje foi organizada pelo refugiado iraquiano Salwan Momika, que já organizou eventos semelhantes que provocaram ira no mundo muçulmano e decorreu numa praça em Malmo, cidade com uma grande população imigrante.
Segundo o canal de televisão público SVT, cerca de 200 pessoas estiveram presentes.
"Alguns espetadores mostraram a sua emoção depois de o organizador ter queimado os escritos", afirmou a polícia em comunicado citado pela agência France-Presse (AFP).
"O ambiente era tempestuoso", acrescentaram as autoridades, que registaram que os "tumultos violentos" se iniciaram às 13:45 locais (12:45 em Lisboa).
De acordo com a polícia, a manifestação terminou depois de o organizador ter abandonado o local, onde continuou um grupo de pessoas.
As autoridades detiveram 10 pessoas por delitos de ordem pública e outras duas por suspeita de participarem em tumultos violentos.
A comunicação social local registou que os transeuntes atiraram pedras a Momika e um outro vídeo referido pela AFP indica que um homem tentou parar o carro da polícia em que o organizador era transportado para fora do local.
No final de julho, Salwan Momika, 37 anos, e outro homem, Salwan Naja, pisaram um exemplar do Corão em Estocolmo antes de o incendiarem, à semelhança do que já tinham feito em concentrações anteriores, provocando tensões diplomáticas entre Suécia e países do Médio Oriente.
O Governo sueco condenou a profanação do Corão, destacando que a Constituição sueca protege o direito de reunião e a liberdade de expressão.
No início de agosto, a Suécia anunciou que iria reforçar os controlos fronteiriços devido ao aumento de ameaças à segurança do país após estas manifestações.
Segundo as autoridades suecas, o país deixou de ser um alvo legítimo do terrorismo internacional para se tornar um alvo prioritário.
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