O líder brasileiro planeia participar na reunião de chefes de Governo e de Estado do maior grupo de países em desenvolvimento do mundo, disseram fontes diplomáticas brasileiras.
De acordo com uma agenda cujos detalhes ainda não foram finalizados, Luiz Inácio Lula da Silva fará uma visita oficial a Cuba em 15 e 16 de setembro, na qual terá o seu segundo encontro com o Presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, desde que assumiu o mandato, em janeiro passado.
A visita ao país caribenho coincidirá com a cimeira em que os países em desenvolvimento articularão a posição conjunta que levarão à Assembleia-Geral da ONU, que acontecerá entre 19 e 23 de setembro em Nova Iorque.
Os Presidentes do Brasil e de Cuba tiveram uma primeira reunião em junho deste ano em Paris, onde concordaram em participar da cimeira do Novo Pacto de Financiamento Global organizada pelo Governo francês.
No encontro, ambos retomaram um relacionamento abandonado durante a gestão do antecessor apoiado pela extrema-direita Jair Bolsonaro (20019-2022).
A agenda do encontro entre os Presidentes do Brasil e de Cuba foi preparada durante a visita que o assessor para Assuntos Internacionais da Presidência brasileira, o ex-chanceler Celso Amorim, fez a Havana no início de julho.
Lula da Silva se reunirá com seus homólogos do G77 exatamente uma semana depois de participar da cimeira do G20, em 10 de setembro, em Nova Delhi, onde o Brasil assumirá a presidência do grupo que reúne as maiores economias do mundo.
O seu encontro com os presidentes do principal grupo de países em desenvolvimento será, aliás, um mês e meio depois da sua participação na cimeira na África do Sul do fórum BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
O Presidente brasileiro acredita que a decisão aprovada na semana passada pelos BRICS de expandir este fórum com a inclusão de seis novos membros (Argentina, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irão) mudará o equilíbrio de poder no mundo e dará mais influência às economias emergentes.
"Os BRICS tornaram-se algo mais poderoso, mais forte e mais importante. Acredito que o mundo não será o mesmo depois do alargamento dos BRICS, pelo menos nas discussões económicas globais", disse Lula da Silva na terça-feira na sua transmissão semanal nas redes sociais.
Segundo o Presidente brasileiro, esta ampliação torna os BRICS um bloco economicamente mais poderoso que o G7, que reúne as sete maiores economias mundiais.
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