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Bolseiros das fundações de George Soros preocupados com eventuais cortes

As Fundações Open Society, fundadas pelo multimilionário George Soros, ponderam reduzir significativamente o trabalho na Europa e despedir grande parte do seu pessoal, segundo funcionários em Berlim, que manifestaram o seu descontentamento.

Bolseiros das fundações de George Soros preocupados com eventuais cortes

© Reuters

Lusa
25/08/2023 23:08 ‧ há 2 anos por Lusa

Mundo

Open Society

Os cortes planeados para a Europa, descritos num 'e-mail' interno a que a agência Associated Press (AP) teve acesso, representariam uma rutura histórica com as raízes do apoio do filantropo à sociedade civil através da educação, do trabalho no domínio dos direitos humanos e da investigação política, que começou na sua Hungria natal há mais de três décadas.

A mudança estratégica coincide com o anúncio feito por Alex Soros, filho de George Soros, de uma mudança para um novo modelo operacional. Os bolseiros na Europa dizem que a Open Society não lhes comunicou diretamente a mudança de estratégia proposta, o que contribui para um sentimento de descrença.

Os beneficiários disseram à AP que a retirada do apoio aos direitos humanos, à participação política ou à proteção digital na União Europeia seria um erro estratégico e questionaram se as fundações tinham tomado uma decisão final nesse sentido. Também disseram que a falta de comunicação e a incerteza estão a prejudicar a reputação da instituição.

De acordo com o 'e-mail' do diretor do escritório da Open Society em Berlim, Thorsten Klassen, está em causa um corte de 80% do pessoal na capital alemã. "A nova direção estratégica aprovada prevê a retirada e o fim de grande parte do nosso trabalho atual na União Europeia", lê-se na mensagem enviada aos funcionários em julho.

Outros funcionários reportaram que a organização também propôs cortar pelo menos 60% do pessoal em Bruxelas e um número incerto em Londres, já depois de ter informado em janeiro o pessoal de Barcelona sobre o encerramento do escritório.

"Aqui estamos nós, provavelmente centenas de grupos em toda a Europa, e não fazemos ideia do porquê desta decisão", disse Márta Pardavi, copresidente do Comité Húngaro de Helsínquia, um grupo de direitos humanos e beneficiário de longa data do financiamento, acrescentando: "Quando olhamos para a União Europeia, não vemos qualquer justificação para diminuir o apoio aos direitos humanos e à democracia e para apoiar os grupos marginalizados".

No entanto, Alex Soros já reagiu ao tema e garantiu que a instituição continua comprometida com a sua missão na Europa.

"A Open Society Foundations está a mudar a forma como trabalha, mas a minha família e a Open Society Foundations há muito que apoiam e continuam firmemente empenhadas no projeto europeu", disse o presidente do conselho de administração num comunicado.

Leia Também: Alojamento estudantil? "O assunto preocupa o Governo"

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