Minutos antes, o partido Revolución Ciudadana, liderado por González, tinha assegurado que o sistema implementado pela CNE para votação eletrónica de equatorianos residentes no estrangeiro apresentava "graves deficiências".
"Deve-se garantir a vontade dos equatorianos expressa nas urnas. Exigimos soluções imediatas", disse a candidata através da rede social X (antigo Twitter).
Também nas redes sociais, a CNE tem indicado que a votação eletrónica no estrangeiro "está a decorrer com normalidade" e lembrou aos eleitores no estrangeiro o procedimento de registo digital que devem cumprir antes de votarem.
"Devido à alta demanda de eleitores, pedimos aos compatriotas que sejam pacientes enquanto a informação é processada", informou o CNE na sua conta X.
Cerca de 13,4 milhões de eleitores são chamados às urnas para participar hoje nas eleições antecipadas no Equador, num clima de insegurança e de instabilidade após um candidato presidencial ter sido assassinado num comício.
Em maio, o Presidente equatoriano, Guillermo Lasso (partido CREO), decidiu convocar eleições para 20 de agosto, antecipando o fim do seu mandato, que terminaria em 2025.
Nestas eleições serão escolhidos o Presidente do país e os 137 parlamentares que compõe a Assembleia Nacional, além da realização de dois referendos sobre a exploração mineira e petrolífera.
Oito candidatos estão na corrida para a Presidência do Equador, entre os quais Luisa González, do movimento esquerdista Revolução Cidadã, e o ambientalista Yaku Pérez, da coligação Claro que se Pode, que reúne grupos de esquerda, indígenas, sindicatos, professores e ambientalistas.
De acordo com a legislação do país - com mais de 17 milhões de habitantes -, um candidato presidencial precisa obter 50% dos votos, ou 40% se estiver 10 pontos à frente do seu rival mais próximo, para vencer o sufrágio na primeira volta.
Não ocorrendo este cenário, uma segunda volta será realizada em 15 de outubro.
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