Maui. Chefe dos serviços de emergência demite-se após ausência de alertas

O chefe dos serviços de emergência da ilha de Maui demitiu-se na quinta-feira, após ser criticado pela ausência de alertas nos incêndios florestais no Havai, os mais mortíferos em mais de um século nos Estados Unidos.

Número de mortos nos fogos do Havai atinge 110

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Lusa
18/08/2023 06:14 ‧ 18/08/2023 por Lusa

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O condado de Maui confirmou a notícia nas redes sociais, alegando que a demissão de Herman Andaya se deveu a motivos de saúde, e garantiu que o responsável será substituído o mais breve possível.

Durante os incêndios, os avisos oficiais na televisão, na rádio e no telemóvel revelaram-se inúteis para muitos habitantes, sem eletricidade ou sem conexão à internet.

O sistema de alertas do Havai, o maior do mundo, não foi ativado, admitiram as autoridades, e as sirenes permaneceram em silêncio.

Na quarta-feira, Andaya tinha defendido a não utilização do sistema de alertas, argumentando que, como tinha sido criado em caso de tsunamis, poderia levar as pessoas a fugir da costa, em direção às chamas.

O sistema de sirenes de alerta foi criado após um tsunami que matou mais de 150 pessoas na Ilha Grande do Havai em 1946 e, de acordo com o portal do sistema na Internet, pode ser usado para avisar sobre incêndios.

O número de mortos nos incêndios subiu para 111, sendo que a maioria dos corpos foram até agora encontrados perto da orla marítima ou no oceano, uma vez que dezenas de pessoas saltaram para a água para escapar às chamas.

Na quarta-feira, o governador do arquipélago, Josh Green, admitiu que o balanço ainda pode aumentar consideravelmente, numa altura em que centenas de pessoas continuam desaparecidas.

As equipas de resgate, compostas por socorristas e cães farejadores, ainda só terminaram as operações de busca de corpos em cerca de 45% da área afetada em Lahaina, a capital histórica da ilha de Maui e uma das zonas turísticas mais populares do Havai.

Horas antes do anúncio da demissão de Herman Andaya, a procuradora-geral do Havai, Anne Lopez, anunciou a realização de uma investigação "imparcial e independente" sobre a resposta das autoridades ao desastre, que poderá demorar vários meses.

Os moradores de Lahaina têm criticado também a falta de água que prejudicou os bombeiros e a impossibilidade de saída da cidade, uma vez que as estradas rapidamente ficaram bloqueadas por veículos.

A maior distribuidora de eletricidade do arquipélago, a Hawaiian Electric, foi também acusada de ter causado os incêndios, numa queixa apresentada por advogados de pessoas afetadas em Lahaina.

A ação argumenta que a Hawaiian Electric, que fornece eletricidade a 95% do estado, "indesculpavelmente deixou as suas linhas de energia operacional durante as condições previstas de alto risco de incêndio".

O Presidente norte-americano, Joe Biden, desloca-se na segunda-feira à ilha de Maui para visitar a zona mais afetada pelos incêndios, enquanto a oposição critica a sua resposta alegadamente débil ao desastre.

Leia Também: Desalojados dos incêndios no Havai vão ficar em hotéis nos próximos meses

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