Hosein Amir Abdolahian irá reunir-se com o seu homólogo saudita, Faisal bin Farhan, para abordar as relações bilaterais e "assuntos de interesse mútuo", tanto a nível regional como internacional, segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão.
O Irão e a Arábia Saudita, países rivais que lideram o Islão sunita e xiita no Médio Oriente, chegaram a um acordo, em março, para normalizar as relações que tinham cortado em 2016.
O acordo, que incluía a reabertura das respetivas embaixadas e consulados e a cooperação em matéria de segurança, foi mediado pela China.
Como parte do acordo, o Irão reabriu a embaixada em Riade e o consulado geral na cidade de Jidá no início de junho.
Também em junho, o chefe da diplomacia saudita esteve em Teerão numa visita oficial durante a qual manteve reuniões com o homólogo iraniano e com o Presidente iraniano, Ebrahim Raisi.
Em 2016, Riade cortou as relações diplomáticas com Teerão na sequência de ataques às suas representações diplomáticas no Irão, motivados pela execução de um clérigo xiita, Nimr al-Nimr, pelo reino árabe.
O clérigo xiita e outros 46 indivíduos foram executados em 2016, após terem sido condenados por crimes de terrorismo na Arábia Saudita, país maioritariamente sunita.
O Irão e a Arábia Saudita disputam há anos a hegemonia regional e apoiam lados rivais em conflitos na região, como a longa guerra no Iémen.
O Iémen tornou-se palco de uma guerra em finais de 2014 entre os rebeldes Huthis, apoiados pelo Irão, e as forças do Presidente Abd Rabbo Mansur Hadi, que em março de 2015 seria apoiado por uma coligação militar internacional árabe, liderada pela Arábia Saudita.
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