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Ucrânia relata combates ferozes e "algum sucesso" na contraofensiva
Os progressos têm sido dificultados pela existência de campos minados e de fortes fortificações, explicou a vice-ministra da Defesa, Hanna Maliar.
© Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
A Ucrânia revelou, esta segunda-feira, que têm existido combates ferozes ao longo de toda a sua linha da frente e "algum sucesso" em fazer recuar as tropas de Moscovo numa parte do sudeste, onde as forças ucranianas estão a tentar retomar o território ocupado pelos russos, reporta a Reuters.
Os progressos têm sido dificultados pela existência de campos minados e de fortes fortificações, explicou a vice-ministra da Defesa, Hanna Maliar.
Mas, ainda assim, as forças militares ucranianas avançaram em torno da aldeia de Staromaiorske, cerca de 100 quilómetros a sudoeste de Donetsk, controlada pela Rússia, e exerciam pressão em duas frentes no sul. Isto numa altura em que lutavam pelo controlo da povoação vizinha de Urozhaine, apontou ainda.
"As hostilidades estão a ter lugar nas proximidades de Urozhaine e a luta é por esta localidade em particular", informou a ministra, numa declaração a uma plataforma militar oficial. E acrescentou: "Há algum sucesso nos eixos sul e sudeste, nas proximidades de Staromaiorske".
As forças ucranianas obtiveram ganhos incrementais desde o início da tão esperada operação, em junho, mas os responsáveis de Kyiv reconheceram que os progressos têm sido mais lentos do que gostariam e dificultados pelas rígidas defesas russas. Na declaração desta segunda-feira, Hanna Maliar descreveu a natureza do desafio.
"As Forças Armadas estão a enfrentar uma completa minagem do território, fortificações de cimento nas principais alturas, constantes bombardeamentos de morteiros e artilharia", afirmou, detalhando: "Além disso, os russos estão a recorrer densamente à aviação".
A ministra acrescentou que os militares ucranianos conseguiram retomar cerca de três quilómetros quadrados durante a semana passada em torno da cidade oriental de Bakhmut, onde as forças russas e ucranianas travaram a batalha mais sangrenta da guerra de quase 18 meses.
A Comissária disse ainda que as tropas russas continuavam o seu ataque em torno das cidades orientais de Kupyansk e Lyman, onde, segundo ela, estavam agora a reagrupar-se. "Os russos intensificaram estas ofensivas após o sucesso do exército ucraniano no eixo de Bakhmut", concluiu.
A Rússia ainda controla cerca de um quinto da Ucrânia, incluindo a península da Crimeia, no Mar Negro, a região de Lugansk, a leste, e extensões das regiões de Donetsk, Zaporíjia e Kherson. O território ocupado inclui a maioria da linha costeira da Ucrânia e partes do seu centro industrial, o Donbass.
Leia Também: EUA confirmam novo pacote de ajuda militar de 200 milhões à Ucrânia
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