"Vamos ter que aprender algumas lições", porque "este evento não é para nós, mas para toda a sociedade brasileira" e "me sentiria muito deprimido se fosse convidado para uma cerimónia e recebido com vaias", disse Lula da Silva, durante o anúncio do plano de investimentos públicos, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Antes, adversários como o presidente da Câmara dos Deputados, Arhur Lira, ou o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, foram alvo de vaias todas as vezes que eram nomeados pelos oradores que antecederam o Presidente.
"Arthur Lira é nosso adversário político e continuará sendo nosso adversário, mas aqui ele representa uma instituição do Estado, é nosso convidado e deve ser respeitado, assim como Claudio Castro e todos os nossos adversários", declarou Lula da Silva.
"Estive dois terços da minha vida envolvido com a política" e "tive muitos adversários políticos, mas sempre de forma civilizada", disse o líder brasileiro, que exortou os militantes de esquerda a "aprenderem a respeitar".
Segundo Lula da Silva, o Brasil precisa superar os tempos de ódio que, em sua opinião, foram impostos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
"Temos que recuperar a civilidade, porque este país só vai funcionar se voltarmos a nos respeitar", afirmou.
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