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Trump declara-se "não culpado" das acusações sobre eleições de 2020

O ex-presidente Donald Trump declarou-se hoje "não culpado" num tribunal federal em Washington, onde foi presente para responder sobre as acusações de tentativa de alteração de resultados eleitorais.

Trump declara-se "não culpado" das acusações sobre eleições de 2020
Notícias ao Minuto

21:34 - 03/08/23 por Lusa

Mundo EUA

Trump chegou ao tribunal pelas 15:18 (20:18 em Lisboa), para ser presente perante a juiza Moxila Upadhyaya e depor sobre as acusações de conspiração para tentar alterar os resultados eleitorais de 2020, após a sua derrota para Biden, declarando-se pelas 16:26 (21:26 em Lisboa) como "não culpado".

Durante esta histórica audiência criminal perante um tribunal federal em Washington, o próprio magnata republicano respondeu, de pé, "não culpado", após a leitura das acusações e as sentenças em causa pela juíza.

"Posso garantir a todos que haverá um processo e um julgamento justo", sublinhou Moxila Upadhyaya durante a audiência.

Também na sala de audiências estava o procurador especial Jack Smith, que liderou a investigação contra Trump.

A acusação de 45 páginas, divulgada esta terça-feira, refere um "plano criminoso" e acusa Trump de ter minado os alicerces da democracia norte-americana, ao tentar alterar o processo de contagem dos votos de mais de 150 milhões de eleitores.

O tribunal que recebeu o ex-presidente fica próximo do Capitólio, sede do Congresso, que foi invadido, em 06 de janeiro de 2021, por centenas dos seus apoiantes.

A zona do tribunal foi hoje reforçada com fortes medidas de segurança, tendo sido criado um perímetro de proteção, com barreiras metálicas para impedir a aproximação de pessoas ao edifício.

"Presidentes não são reis", podia ler-se numa placa segurada por um manifestante do lado de fora do tribunal, numa referência a uma sentença em novembro de 2021 que rejeitou um pedido de Trump para bloquear a divulgação de informações sobre as suas ações durante a invasão do Capitólio.

Estas são as acusações mais graves contra o ex-chefe de Estado, que já foi indiciado no caso da alegada gestão negligente de documentos confidenciais da Casa Branca e de falsificar documentos comerciais num caso que envolveu a atriz pornográfica Stormy Daniels, com quem o ex-presidente teve um caso em 2006.

Trump continua a denunciar uma "caça às bruxas" destinada a atrapalhar a sua candidatura em 2024, mantendo, contra todas as evidências, que a eleição de 2020 lhe foi roubada.

Antes de ir para o tribunal, o republicado atacou novamente o rival democrata e seu sucessor Joe Biden, acusando-o de ser responsável pelos novos processos de que é alvo para o afastar da corrida à Casa Branca, alegações que voltou a defender à saída da audiência, no aeroporto Ronald Reagan, na periferia da capital norte-americana.

"Isto nunca deveria ter acontecido nos EUA", lamentou Trump, frisando que este foi "um dia muito triste" e denunciando um "perseguição política".

Apesar dos processos que se acumulam, Donald Trump continua a ser o grande favorito à indicação republicana e ainda ampliou a distância para o 'número 2', o governador da Florida, Ron DeSantis, após a mais recente acusação.

Trump, neste processo enfrenta quatro acusações: conspiração para defraudar os Estados Unidos, conspiração para obstruir um procedimento oficial, envolvendo o processo de certificação de voto no Capitólio em 06 de janeiro de 2021 e a conspiração para fazer essa obstrução, e conspiração por violação de direitos civis, relacionada com tentativas de reverter a seu favor os resultados eleitorais em diferentes estados nas eleições de 2020.

[Notícia atualizada às 22h40]

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