Em comunicado, a Comissão saúda a decisão do Conselho Europeu de ir mais longe na "resposta ao envolvimento da Bielorrússia na agressão" russa contra a Ucrânia.
Entretanto, Bruxelas anunciou que sancionou mais 38 pessoas e três organizações bielorrussas e estendeu as sanções às exportações de armamento, aviação e indústria aeroespacial.
A lista atualizada inclui responsáveis de estabelecimentos prisionais "responsáveis pela tortura" de pessoas detidas, "incluindo presos políticos".
Também foram incluídos "propagandistas proeminentes, assim como funcionários judiciais envolvidos nas sentenças de adversários democráticos, elementos da sociedade civil e jornalistas".
Até hoje, foram incluídas na lista de sanções à Bielorrússia 233 pessoas e 37 organizações, que têm os bens congelados e, à semelhança do que aconteceu com a Rússia e outros países sancionados, os cidadãos e empresas dos Estados-membros estão proibidos de disponibilizar-lhes fundos de qualquer tipo.
Os indivíduos e entidades alvo de sanções estão também proibidos de viajar para ou atravessar o território dos 27.
A União Europeia (UE) quer alinhar as sanções contra a Moscovo e Minsk, "assegurando que a Rússia não consegue contorná-las através da Bielorrússia", de acordo com a Comissão.
As sanções incluem restrições às importações pela Bielorrússia de um grande número de bens essenciais e tecnológicos que "contribuam para o progresso militar e tecnológico" do país governando por Alexander Lukashenko, aliado do Presidente russo Vladimir Putin.
"Estas restrições estão incluídas na visão rápida de combater o contornamento [das sanções] em produtos sensíveis e tecnológicos", acrescentou Bruxelas.
Mercenários do Grupo Wagner estão na Bielorrússia desde a tentativa de insurreição protagonizada pelo seu líder, Yevgeny Prigozhin, no final de junho.
A Rússia também utilizou o território bielorrusso para se aproximar de Kiev nos primeiros dias da invasão e apoderar-se de localidades próximas da capital ucraniana.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
[Notícia atualizada às 17h00]
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