Presidente de Israel visita fronteira com Líbano em momento de tensão
O presidente de Israel, Isaac Herzog, visitou hoje a volátil fronteira com o Líbano e afirmou que o Exército israelita está "forte e unido", numa advertência à milícia xiita libanesa do Hezbollah, que controla o sul do país árabe.
© Lev Radin/Pacific Press/LightRocket via Getty Images
Mundo Israel
"Quero advertir os nossos inimigos, especialmente o Hezbollah no outro lado da fronteira, para que não se equivoquem. As Forças de Defesa de Israel são fortes e estão unidas, capazes de proteger a nossa soberania, a segurança e o bem-estar do povo de Israel", assinalou o Presidente durante a sua presença junto à fronteira.
Herzog emitiu estas declarações quando em Israel aumentam as apreensões sobre a situação de segurança, após mais de 10.000 reservistas e soldados se terem recusado a prestar serviço em protesto pela reforma judicial impulsionada pelo Governo de coligação ultra direitista de Benjamin Netanyahu.
O Presidente dirigiu-se ao "povo libanês" quando o seu país "está a resvalar para uma tragédia", situação atribuída ao Hezbollah "que compromete a sua estabilidade e bem-estar", e à "influência iraniana", pelo facto de a milícia xiita beneficiar do apoio do Irão, o principal inimigo de Israel.
Em 2006 Israel envolveu-se numa guerra contra as forças do Hezbollah no Líbano, e desde então os dois países permanecem tecnicamente em guerra, separados pela designada Linha Azul, demarcada pela ONU, e vigiada pelos seus "capacetes azuis".
Israel confirmou em junho que homens armados do Hezbollah instalaram duas tendas de campanha na Linha Azul, numa colina junto aos planaltos de Golã ocupados por Israel, e após mediação da ONU apenas retiraram uma das tendas, num incidente considerado pelos israelitas como uma provocação apesar de não constituir uma ameaça séria ao seu território.
O líder do Hezbollah, Hasan Nasrallah, ameaçou no sábado atacar Israel caso as suas tropas cometam o "estúpido ato" de desmantelar a tenda.
Na resposta, Netanyahu avisou o Hezbollah a "não por à prova" as forças israelitas.
Israel não esconde a sua preocupação pela presença do Hezbollah na zona desmilitarizada da Linha Azul, onde construiu mais de 30 postos militares no último ano, situados a menos de 250 metros da linha de separação israelita e muito perto de comunidades israelitas, tornando a situação na fronteira mais volátil e perigosa.
O chefe do estado-maior israelita, Herzi Halevi, também efetuou hoje uma deslocação à fronteira norte, acompanhado por comandantes das divisões militares da zona e com quem avaliou "os acontecimentos recentes e as medidas para contrariar as violações de soberania na área da fronteira", informou o Exército.
Halevi percorreu parte da barreira que está a ser construída ao longo da fronteira, que "avançou dezenas de quilómetros nos últimos meses", e foi informado sobre outras medidas para proteger a segurança da população israelita da zona.
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