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EUA endurecem regras de entrada de húngaros por preocupações de segurança

Os Estados Unidos decidiram impor novas restrições de viagem aos cidadãos húngaros, alegando preocupações de segurança relacionadas com a falta de verificação dos dados pessoais de quase um milhão de estrangeiros a quem Budapeste concedeu passaporte, foi hoje divulgado.

EUA endurecem regras de entrada de húngaros por preocupações de segurança
Notícias ao Minuto

13:57 - 01/08/23 por Lusa

Mundo Embaixada

As restrições, em vigor a partir de hoje, aplicam-se ao Programa de Isenção de Visto dos Estados Unidos da América (EUA), que permite que portadores de passaporte de 40 países entrem em território norte-americano para negócios ou turismo sem visto por um período de até 90 dias, informou uma fonte da embaixada norte-americana em Budapeste e uma fonte governamental, citadas pela agência AP.

O período de validade da viagem para portadores de passaporte húngaro sob o Sistema Eletrónico de Autorização de Viagem foi reduzido de dois anos para um ano, e cada viajante ficará limitado a uma única entrada nos EUA.

As restrições deste tipo são únicas entre os 40 Estados participantes do Programa de Isenção de Vistos.

À agência noticiosa AP, um alto funcionário da administração norte-americana explicou que a mudança ocorreu após anos de esforços fracassados dos EUA para trabalhar com o Governo da Hungria para resolver as questões de segurança.

Ao longo de nove anos, centenas de milhares de passaportes húngaros foram emitidos sem requisitos rigorosos de verificação de identidade, alguns deles para criminosos que representam uma ameaça à segurança e não têm conexão com a Hungria, alegaram as autoridades norte-americanas.

O Governo da Hungria, liderado pelo primeiro-ministro Viktor Orbán e país membro da União Europeia (UE) e da NATO, começou a oferecer um procedimento de naturalização simplificado para aqueles que reivindicavam ascendência húngara em 2011, mesmo que não vivessem ou pretendessem viver em território húngaro.

Centenas de milhares dos cerca de dois milhões de húngaros que vivem em países vizinhos -- principalmente na Roménia, Sérvia e Ucrânia -- adquiriram a cidadania húngara por meio deste procedimento simplificado.

Os EUA já tinham anteriormente reclassificado a Hungria como membro provisório do Programa de Isenção de Vistos, devido a estas mesmas preocupações.

Hoje, Budapeste respondeu a estas medidas, através de um comunicado do Ministério do Interior, informando que os EUA tinham exigido conhecer os dados pessoais de húngaros no estrangeiro com dupla cidadania e que o Governo da Hungria não estava disposto a fornecer essas informações, para proteger a segurança desses mesmos cidadãos, denunciando uma estratégia de vingança por parte de Washington.

Viktor Orbán é considerado como um aliado de Moscovo na UE e o procedimento de naturalização simplificado aplicado por Budapeste também abrangeu russos com presumíveis raízes húngaras.

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