Trump antecipa acusação iminente pelo seu papel na invasão do Capitólio

O ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump admitiu hoje que será alvo de uma acusação pelo seu papel na invasão do Capitólio, em janeiro de 2021, "a qualquer momento", acusando o governo de Joe Biden de interferência eleitoral.

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© Shay Horse/NurPhoto via Getty Images

Lusa
31/07/2023 19:26 ‧ 31/07/2023 por Lusa

Mundo

Donald Trump

"Tenho como certo que a qualquer momento surgirá uma acusação do enlouquecido Jack Smith [procurador especial responsável pelo caso] e o seu gangue de bandidos altamente partidário relacionado com o meu discurso pacífico e patriótico", destacou o ex-presidente republicano (2017-2021), numa mensagem na sua rede social Truth Social.

O magnata descreveu a possível acusação como "outra tentativa" de encobrir "as más notícias sobre suborno e extorsão vindas do 'lado' de Biden".

"Parece que é assim que fazem. Interferência eleitoral. Má conduta fiscal", sublinhou ainda Donald Trump.

Jack Smith está encarregado por duas investigações contra Trump: a dos documentos classificados que o republicano levou da Casa Branca para a sua residência em Mar-a-Lago (Florida) quando deixou o poder, pelos quais foi acusado em junho, e a do ataque ao Capitólio, do qual se espera para breve a decisão do grande júri, que se deve pronunciar sobre a sua acusação.

Trump tem alegado, sem provas, que as múltiplas acusações legais têm motivações políticas e prometeu retaliar contra Biden e o filho, Hunter, se voltar a ser eleito.

Em 06 de janeiro de 2021, milhares de apoiantes de Donald Trump invadiram o Capitólio dos Estados Unidos para tentar impedir a certificação da vitória eleitoral do democrata Joe Biden, depois de terem assistido a um comício do republicano em que pediu protestarem e "lutarem com todas as forças".

Em abril, em Nova Iorque, um grande júri acusou Trump de falsificar documentos comerciais num caso que envolveu a atriz pornográfica Stormy Daniels, com quem o ex-presidente teve um caso em 2006.

Um outro caso foi aberto na Geórgia, sobre os esforços de Trump para anular a vitória de Biden naquele Estado do sul, nas eleições presidenciais de 2020.

O Supremo Tribunal da Geórgia rejeitou em 17 de julho o pedido de Trump para eliminar as provas recolhidas por um grande júri especial e para remover o procurador distrital do condado de Fulton, Fani Willis, do caso, frisando que Trump não poderia contornar os canais habituais e deveria aguardar a resolução do tribunal de primeira instância ao qual já tinha submetido o pedido.

Esta segunda-feira, a juíza responsável pelo caso no Tribunal Superior do Condado de Fulton apontou que o pedido de Trump não tem cabimento, decidindo na mesma linha do Suprema Tribunal.

Trump é o primeiro ex-Presidente na história dos EUA a ser indiciado por crimes, tendo de responder em vários processos.

Leia Também: Trump revela que é alvo de investigação sobre invasão ao Capitólio

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