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Macron denuncia "ingerência e novo imperialismo" na Oceânia

O Presidente francês denunciou hoje, em Vanuatu, "a ingerência" e "o novo imperialismo" na Oceânia, numa visita destinada a "reaproximar a França" da região do Pacífico.

Macron denuncia "ingerência e novo imperialismo" na Oceânia
Notícias ao Minuto

06:34 - 27/07/23 por Lusa

Mundo Emmanuel Macron

"A ingerência está a aumentar. Particularmente na Oceânia, estão a surgir novos imperialismos e a lógica do poder está a ameaçar a soberania", declarou Emmanuel Macron.

"A nossa estratégia para o Indo-Pacífico consiste, antes de mais, em defender, através das nossas parcerias, a independência e a soberania de todos os Estados da região que estão dispostos a trabalhar connosco", acrescentou Macron.

Sendo o único país europeu que faz fronteira com a Ásia-Pacífico, com 1,6 milhões de cidadãos na região espalhados por sete territórios ultramarinos e uma zona económica exclusiva de nove milhões de quilómetros quadrados, a França tem grandes ambições nesta parte do mundo.

França e Vanuatu lançaram um apelo conjunto para uma "ação imediata sobre as alterações climáticas", ilustrando a diplomacia ambiental que o Presidente francês quer reforçar nesta região.

Os dois países defenderam uma aceleração da "transição energética mundial através do abandono progressivo dos combustíveis fósseis" e um aumento significativo dos recursos "mobilizados a favor dos países e comunidades vulneráveis", além da "necessidade urgente de enfrentar as consequências das alterações climáticas", nomeadamente "a subida do nível do mar", que ameaça as ilhas da região.

Num discurso em Noumea, na quarta-feira, Macron explicou que queria fazer do clima um dos principais eixos da sua estratégia para a Ásia-Pacífico, que visa posicionar a França como uma "potência equilibradora", para oferecer "uma alternativa" à crescente influência da China e que os Estados Unidos também estão a tentar contrariar.

"A nossa resposta às alterações climáticas, enquanto potência do Indo-Pacífico, é precisamente o casamento entre uma nação que sabe conciliar as vozes dos povos indígenas e uma grande potência científica", declarou Macron.

A visita do Presidente francês começou na Nova Caledónia, continuando na sexta-feira na Papua Nova Guiné.

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