Moldova expulsa funcionários da embaixada russa por suspeita de espionagem

A Moldova vai expulsar 45 elementos da embaixada russa em Chisinau, incluindo diplomatas e funcionários técnicos, por suspeitas de espionagem, anunciou hoje o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros desta ex-república soviética, Igor Zakharov.

Chisinau, images of the capital of Italy of the Republic of Moldova which fears an attack from Russia. In the photo the building of the Moldovan Government. (Photo by: Alessandro Serrano'/AGF/Universal Images Group via Getty Images)

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Lusa
26/07/2023 14:31 ‧ 26/07/2023 por Lusa

Mundo

Moldova

"No total, 45 representantes da missão diplomática russa vão deixar o país", disse o porta-voz, segundo o 'media' local Newsmaker, citado pela agência espanhola EFE.

Segundo a diplomacia moldava, Chisinau pretende equiparar o número de funcionários da embaixada russa ao nível da representação diplomática da Moldova em Moscovo, que atualmente integra 10 diplomatas e 15 funcionários técnicos.

Esta decisão foi tomada na sequência das ações hostis da Rússia e das suas tentativas de desestabilizar a situação no país, segundo argumentaram as autoridades moldavas.

Poucas horas antes deste anúncio, Chisinau já tinha avançado que pretendia reduzir o número de acreditações para diplomatas na embaixada da Rússia na capital moldava, um dia depois de o embaixador russo ter sido convocado pelas autoridades do país devido a um alegado caso de espionagem.

"É muito importante que os serviços diplomáticos não só do nosso país, mas também de outros Estados, estejam orientados para desenvolver boas relações e não para desestabilizar (...)", declarou hoje de manhã o ministro dos Negócios Estrangeiros da Moldova, Nicu Popescu.

"Concordamos com as instituições e líderes políticos sobre a necessidade de limitar o número de diplomatas russos acreditados na Moldova (...) para que menos pessoas estejam envolvidas na desestabilização do país", acrescentou.

Em reação às declarações do ministro, o embaixador russo na Moldova, Oleg Vasnetsov, alertou que a decisão "prejudica seriamente as possibilidades de diálogo entre os dois países".

Vasnetsov garantiu ainda que o alegado caso de espionagem divulgado na terça-feira pelos meios de comunicação da Moldova é apenas uma desculpa para realizar a redução do pessoal diplomático russo.

"Não pensávamos que Chisinau se envolveria com tanta rapidez em ações de russofobia e que seriam tomadas medidas tão drásticas. Esperamos que as pessoas responsáveis por tais decisões percebam o que pode resultar disto tudo no futuro", disse o embaixador, segundo o portal de notícias NewsMaker.

Em Moscovo, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, consider ou as ações do governo moldavo "hostis e infundadas", frisando que "não ficarão sem resposta".

A decisão do governo moldavo é "mais um passo do regime de Chisinau para a destruição das relações bilaterais", disse Zakharova.

A "propalada investigação contendo acusações infundadas de espionagem contra a embaixada russa em Chisinau e seus funcionários", adiantou, é uma "história de fantasia".

A Moldova suspeita que os serviços especiais russos intensificaram a sua atividade naquela ex-república soviética, após um aumento de antenas de captação de sinais de longa distância no telhado da embaixada russa em Chisinau, avançaram na terça-feira os meios de comunicação locais.

A imprensa moldava referiu ser possível detetar 28 antenas fixas instaladas no edifício da representação diplomática russa.

Após a publicação destas notícias, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Moldova anunciou, na terça-feira, a convocação do embaixador russo.

Oleg Vasnetsov afirmou que muitas destas antenas foram instaladas na década de 1990, altura em que o edifício foi construído, e que algumas já se encontravam obsoletas.

Este mês, as autoridades da Moldova relataram ainda o desmantelamento de uma rede de agentes que conduzia ações de espionagem em nome da Rússia para desestabilizar o país.

Leia Também: Moldova reduz número de diplomatas russos acreditados em Chisinau

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