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MP do Vaticano pede sete anos de prisão para cardeal acusado de crime

O procurador do Estado da Cidade do Vaticano, Alessandro Didi, pediu hoje sete anos e três meses de prisão para o cardeal italiano Angelo Becciu, que foi destituído em setembro de 2020 pelo Papa Francisco por diversos escândalos financeiros.

MP do Vaticano pede sete anos de prisão para cardeal acusado de crime
Notícias ao Minuto

14:01 - 26/07/23 por Lusa

Mundo Vaticano

O cardeal foi dirigente da Secretaria de Estado do Vaticano entre 2011 e 2018.

Além de sete anos e três meses de prisão, Alessandro Didi pediu para Becciu a inelegibilidade de possuir um cargo no Vaticano, embora o Papa Francisco o já tivesse suspendido e retirado os benefícios de cardeal, e uma compensação de 10.329 euros.

No julgamento sobre irregularidades na gestão de fundos do Vaticano, que começou há dois anos, o procurador pediu um total de 73 anos e um mês de prisão para Becciu e outros nove réus, entre funcionários da Santa Sé, financiadores e intermediários.

Os restantes arguidos, acusados de peculato, burla agravada, extorsão e branqueamento de capitais, receberam um pedido de prisão entre três e 13 meses e entre 9.000 e 18.000 euros de indemnização.

São eles o advogado suíço René Brülhart, ex-presidente da Autoridade de Informação e Supervisão Financeira do Vaticano, o padre Mauro Carlino, ex-secretário do cardeal; Tommaso Di Ruzza, ex-diretor da Autoridade de Informação Financeira do Vaticano e Fabrizio Tirabassi, funcionário do Escritório Administrativo da Secretaria de Estado.

Assim como os corretores financeiros e mediadores na operação do edifício londrino, acusados de lucrar e defraudar a Santa Sé: Enrico Crasso, Raffaele Mincione, Gianluigi Torzi, Nicola Squillace.

Além disso, durante o processo surgiram outros crimes financeiros alegadamente cometidos por Becciu, como doações de 125.000 euros que o cardeal fez a uma associação, vinculada à Cáritas de Ozieri, que na época era presidida por um dos seus irmãos.

Becciu negou todas as acusações e os advogados alegaram que Francisco e o secretário de Estado do Vaticano estavam cientes e aprovaram os vários investimentos e transações financeiras, incluindo o pagamento de 15 milhões de euros a um corretor financeiro com sede em Londres acusado de extorquir dinheiro do Vaticano.

A tese da acusação apresentada pelo procurador do Vaticano é que a Secretaria de Estado, na altura em que Becciu era o Substituto de Assuntos Gerais, ou seja, o homem-chave da burocracia, investiu uma grande quantia numa operação altamente especulativa para a compra de um edifício em Londres e que criou um rombo de entre 139 e 189 milhões de euros nos cofres do Vaticano.

O julgamento vai estar suspenso durante as férias de verão e será retomado em 27 de setembro. A sentença pode sair antes do Natal.

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