Dana Nessel, democrata, anunciou que todos os 16 indivíduos enfrentam oito acusações criminais, incluindo duas acusações de falsificação, um crime punível com até 14 anos de prisão, noticiou a agência Associated Press (AP).
Estes estão acusados de terem realizado conspiração eleitoral contra o democrata Joe Biden, que conquistou as eleições.
O grupo inclui Kathy Berden, do Comité Nacional Republicano, e Meshawn Maddock, ex-copresidente do Partido Republicano do Michigan.
"Seria uma prevaricação da maior magnitude se o meu departamento não agisse aqui perante evidências esmagadoras de um esforço organizado para contornar as cédulas legalmente lançadas de milhões de eleitores do Michigan para uma eleição presidencial", destacou Nessel, em comunicado.
O grupo é acusado de se ter reunido em 14 de dezembro e assinar certificados falsos da vitória de Trump nas eleições do mês anterior e de os enviaram ao Senado dos Estados Unidos, em Washington.
"O facto de a tentativa ter falhado e a democracia ter prevalecido não apaga os crimes cometidos por aqueles que promoveram a conspiração para enganar as eleições", alertou Dana Nessel, numa mensagem de vídeo.
A procuradora lembrou ainda que a democracia exige que todos os cidadãos "respeitem a vontade da maioria e permitam uma transferência pacífica do poder".
Trump, presidente entre 2017 e 2021, perdeu as eleições de 2020 para Biden, mas não admitiu o resultado da votação, denunciou falsas fraudes eleitorais e pressionou diversos atores a reverter o resultado.
Um grande júri no Estado da Geórgia está a investigar o ex-presidente republicano pelas suas tentativas de anular os resultados das eleições no Estado, onde Biden venceu por uma margem estreita.
Um procurador federal especial também está a investigar o papel de Trump no ataque ao Capitólio em 06 de janeiro de 2021, quando uma multidão de apoiantes do republicano invadiu o Congresso para impedir a ratificação da vitória de Biden.
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