Martinelli, que aspirava a uma nova candidatura presidencial em 2024, foi associado ao designado caso "New Business", e terá ainda de pagar uma multa de 17 milhões de euros.
O ex-chefe de Estado foi condenado por branqueamentos dos fundos que utilizou para se tornar acionista da Editora Panamá América, proprietária de diversos diários, incluindo Critica ou Dia a Dia, indicou o Estrella de Panamá.
A juíza Baloisa Marquínez concordou com os argumentos da acusação ao sublinhar que Martinelli e outra dezena de acusados se aproveitaram de uma rede de sociedades e de "testas de ferro" para simular negócios com o objetivo de garantir o desvio de dinheiros públicos. No rescaldo do julgamento, foram condenados o ex-presidente e mais quatro pessoas.
Martinelli, que se tinha convertido no primeiro candidato às presidenciais de maio de 2024 pelo partido Realizando Metas (direita populista), e favorito em algumas sondagens, está confrontado com outro processo por alegados subornos que recebeu da construtora brasileira Odebrecht, envolvida em diversos casos de corrupção por todo o continente latino-americano.
Os condenados podem ainda apelar ao Segundo Tribunal de Justiça, e em última instância ao Tribunal de Cassação.
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