África do Sul. Familiares das vítimas pedem apoio para transladar corpos
As famílias de pelo menos oito moçambicanos mortos numa fuga de gás na África do Sul pedem apoio para transladar os corpos para Moçambique, quase duas semanas após o incidente.
© Lusa
Mundo Fuga de Gás
"Neste momento temos sete corpos na casa mortuária e um na casa funerária. Por causa da falta de dinheiro, as famílias não conseguem ainda levar os corpos para casa" em Moçambique, disse hoje à Lusa Eduardo Sitoe, líder da comunidade no assentamento informal de Angelo, onde ocorreu o incidente.
Segundo o responsável, do total de 11 moçambicanos mortos, pelo menos três foram levados de volta a Moçambique para a realização das cerimónias fúnebres.
"Ainda não há nenhum comentário do Governo sobre a translação dos outros que não têm familiares com poder [financeiro], mas espero que alguma coisa aconteça", disse Eduardo Sitoe, referindo que já houve encontros com o Governo moçambicano na África do Sul.
A fonte avançou ainda que dos três moçambicanos internados, dois já tiveram alta hospitalar e um está ainda em estado grave.
Pelo menos 17 pessoas morreram na noite do dia 05 na sequência de uma fuga de gás num bairro de lata em Boksburg, a cerca de 40 quilómetros a leste de Joanesburgo, na África do Sul.
Segundo os meios de comunicação social locais, as vítimas poderão ser mineiros irregulares que utilizam óxido de nitrato para extrair ouro das jazidas da zona.
O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, manifestou, no dia 06, a sua "profunda tristeza" pela perda de 17 "vidas inocentes", pedindo uma investigação do acidente.
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