Egito e Etiópia concordam retomar negociações sobre barragem do Nilo

O Egito e a Etiópia concordaram hoje retomar as negociações para concluir o acordo entre os dois países e o Sudão sobre a água que vai encher a controversa barragem etíope no Nilo Azul, suspensas devido a desacordos.

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Lusa
13/07/2023 15:51 ‧ 13/07/2023 por Lusa

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Nilo

O Presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, e o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, anunciaram, numa declaração conjunta, que consideram que o enchimento unilateral da barragem representa uma ameaça à segurança hídrica dos seus países.

Cairo e Adis Abeba concordaram, por isso, iniciar as conversações juntamente com o Sudão para estabelecer "as regras" sobre o processo de enchimento.

Este acordo deverá ser finalizado "dentro de quatro meses", segundo a nota.

Enquanto decorrerem as negociações, Adis Abeba compromete-se a que o encher da barragem para produção hidrelétrica "não cause danos significativos ao Egito e ao Sudão, e que atenda às necessidades de água de ambos os países".

A Etiópia considera a construção da chamada Grande Barragem do Renascimento Etíope (GERD) vital para a sua economia, enquanto o Egito e o Sudão temem que afete os níveis de água do rio Nilo nas suas respetivas secções e exigem que Adis Abeba deixe de a encher até que se chegue a um acordo sobre os mecanismos para o fazer.

Em 2015, os três países selaram um acordo estabelecendo que a barragem não deve afetar a economia, o fluxo do rio e a segurança alimentar de nenhum deles.

No entanto, as negociações que decorreram desde então não conseguiram chegar a um acordo, e o Egito e o Sudão acusaram o Governo etíope de ter levado a cabo as sucessivas fases de enchimento unilateralmente, sem um compromisso sobre mecanismos para evitar possíveis efeitos na quantidade de água que lhes chega.

Al-Sisi e Ahmed reuniram-se hoje no Cairo, à margem de uma cimeira dos países vizinhos do Sudão, realizada para tentar pôr fim ao conflito que opõe, desde 15 de abril, o Exército sudanês e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido.

Leia Também: Barragem que abastece o Baixo Alentejo não enche há uma década

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