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Kremlin alerta para "ato subversivo" ucraniano na central de Zaporijia

O Kremlin alertou hoje para a possibilidade de as forças ucranianas poderem desencadear um "ato subversivo" com "consequências catastróficas" na central nuclear de Zaporijia, controlada pela Rússia no sul da Ucrânia.

Kremlin alerta para "ato subversivo" ucraniano na central de Zaporijia
Notícias ao Minuto

12:19 - 05/07/23 por Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

"A situação é muito tensa porque o risco de um ato subversivo por parte do regime de Kiev é muito elevado. Um ato subversivo que pode ter consequências catastróficas", disse o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, aos jornalistas.

A Rússia e a Ucrânia têm-se acusado de provocações quanto à possibilidade de um dos dois exércitos atacar a central nuclear, uma das maiores da Europa.

"Devemos tomar todas as medidas para combater esta ameaça", acrescentou, acusando Kiev de ter demonstrado em "numerosas ocasiões" a capacidade de "estar pronta para tudo".

Na véspera, foi o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que avisou o homólogo francês, Emmanuel Macron, numa conversa telefónica, que os russos estavam a "preparar provocações perigosas" na central.

Ao mesmo tempo, o exército ucraniano afirmou na terça-feira que "objectos semelhantes a engenhos explosivos" tinham sido "colocados no telhado exterior dos reactores 3 e 4" e que a sua detonação deveria "dar a impressão de bombardeamento do lado ucraniano".

Nas últimas semanas, Kiev e Moscovo acusaram-se mutuamente de pôr em perigo a segurança da central, enquanto o exército ucraniano conduzia uma contraofensiva nesta região da Ucrânia.

Depois de cair nas mãos do exército russo, em 4 de março de 2022, a maior central nuclear da Europa foi alvo de disparos e cortada da rede elétrica em várias ocasiões. 

Segundo Kiev, a Rússia colocou tropas e armas nas suas instalações.

A destruição, em maio, da barragem de Kakhovka, situada no sul ocupado pela Rússia, suscitou preocupações quanto à sustentabilidade do reservatório utilizado para arrefecer os seis reatores da central.

No entanto, a Rússia voltou hoje a negar as acusações ucranianas de que teria colocado explosivos no telhado e insistiu que é Kiev que está a planear "sabotagem" na instalação atómica.

"Por que razão teríamos lá explosivos? É um disparate que visa manter a tensão em torno da central", disse Renat Karchaa, um conselheiro da Rosenergoatom, o operador russo das centrais nucleares.

De acordo com Karchaa, citado pela Interfax, Zelensky "está a mentir com todos os dentes" quando afirma o contrário.

"A destruição do teto das unidades [de energia] é uma ameaça, não nos podemos dar a esse luxo. Alguém neste caos precisa de manter a sanidade mental", disse Karchaa.

"A detonação não deve danificar os geradores, mas servirá para dar a impressão de bombardeamentos do lado ucraniano", segundo avançou o Exército, avisando que Moscovo "usará a desinformação sobre este assunto".

Depois de cair nas mãos do Exército de Moscovo, a 04 de março de 2022, logo a seguir ao início da invasão russa, a 24 de fevereiro do ano passado, a maior central de energia atómica da Europa foi alvo de vários ataques, que ambas as partes negam a autoria, e teve a rede elétrica cortada em várias ocasiões.

De acordo com Kiev, a Rússia colocou tropas e armas no seu complexo.

A 22 de junho, Zelensky acusou a Rússia de planear um "ataque terrorista" envolvendo uma fuga de radiação na central de Zaporijia, acusação imediatamente descartada e descrita como uma mentira pelo Kremlin.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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