Macron - que recebeu em Paris o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg - defendeu que, nessa cimeira na Lituânia, os aliados terão de "enviar a mensagem de unidade que hoje é essencial" face à Rússia e em apoio à Ucrânia.
"A adesão da Finlândia à NATO, há algumas semanas, foi um gesto forte. Devemos agora seguir com essa lógica e permitir que a Suécia participe na cimeira de Vilnius como um aliado de pleno direito", disse o líder francês.
"Vinte e nove estados concluíram os seus procedimentos nacionais (de ratificação) há muitos meses. Peço aos dois que ainda não o fizeram para que avaliem adequadamente as suas responsabilidades. É hora de tomar decisões que permitam a unidade e a segurança do continente", insistiu Macron.
"Chegou o momento de dar as boas-vindas à Suécia como membro de pleno direito da NATO", disse, por sua vez, Jens Stoltenberg, lembrando que vai organizar um encontro, em 06 de julho, em Bruxelas, com altos responsáveis da Turquia, da Suécia e da Finlândia, na esperança de desbloquear o processo.
A Suécia foi convidada para aderir à Aliança Atlântica em junho de 2022, mas a sua candidatura, que deve ser ratificada pelos 31 Estados-membros, está bloqueada pela resistência de Turquia e Hungria.
O Parlamento húngaro colocou na sua agenda a ratificação da adesão da Suécia à NATO durante a sessão extraordinária de verão que terminará a 07 de julho.
Os países ocidentais, incluindo os Estados Unidos, pediram à Turquia para autorizar a adesão da Suécia, recordando que este país nórdico respeitou os termos de um acordo alcançado com Ancara.
As divergências dizem respeito à atitude da Suécia em relação aos movimentos de oposição curdos, como o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que é considerado um grupo terrorista pelo Governo de Ancara.
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