Antes da primeira reunião do Conselho de Ministros, sublinhou que a República grega "saberá como se proteger" destes "falsos ídolos", referindo-se em particular aos "espartanos", um partido recentemente formado e apoiado por Ilias Kassidiaris, um antigo alto membro do grupo neonazi Aurora Dourada, atualmente na prisão.
No domingo, a vitória esmagadora do partido de direita Nova Democracia (ND), de Kyriakos Mitsotakis (40,56%) foi também marcada pela entrada no parlamento de três partidos nacionalistas e de extrema-direita, incluindo "Os Espartanos".
"Ficou provado que as numerosas formações não significam uma polifonia democrática, mas sim uma cacofonia política", disse Mitsotakis.
Depois de vencer as primeiras eleições, a 21 de maio, o líder da ND convocou novas eleições por não ter conseguido obter a maioria absoluta devido a uma lei eleitoral aprovada pelo anterior Governo de esquerda (2015-2019) e baseada na representação proporcional simples.
Mitsotakis descreveu a lei como "uma experiência negativa com consequências extremamente negativas".
Nas eleições de 25 de junho, a ND obteve 158 lugares no parlamento graças a um sistema eleitoral diferente que concedeu um "bónus" de 50 lugares ao partido líder.
O principal opositor, o partido de esquerda Syriza, de Alexis Tsipras, segundo maior partido do país, sofreu uma derrota esmagadora, com 17,83% dos votos e 48 lugares.
O quinto maior partido no parlamento -- depois dos socialistas Pasok-Kinal (11,84%) e dos comunistas KKE (7,69%) -- é os Espartanos (4,63%), seguido do nacionalista Greek Solution (4,44%) e do Niki (Vitória, em grego), um partido cristão fundamentalista xenófobo (3,69%).
Estes três pequenos partidos obtiveram um total de 12,76% dos votos.
Segundo os analistas, com a vitória da ND, o parlamento grego regista a maior viragem à direita desde a restauração da democracia em 1974.
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