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Israel rejeita na ONU interromper construção de colonatos na Palestina

O embaixador de Israel nas Nações Unidas (ONU), Gilad Erdan, insistiu hoje perante o Conselho de Segurança que o seu país não interromperá a construção de colonatos nos territórios palestinianos ocupados.

Israel rejeita na ONU interromper construção de colonatos na Palestina
Notícias ao Minuto

20:37 - 27/06/23 por Lusa

Mundo Gilad Erdan

Numa reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a situação na Palestina, o diplomata assegurou que "os palestinianos são ensinados a odiar, são educados para matar" israelitas.

"A construção (nos territórios ocupados) não vai parar. E direi também que a construção nas comunidades (colonatos) que já existem definitivamente não é o primeiro obstáculo à paz", disse Erdan, antes de assegurar que o primeiro obstáculo para possíveis negociações é que "a comunidade internacional culpa falsamente Israel".

Erdan, que se referiu à Cisjordânia como Judeia e Samaria (o nome bíblico usado pela direita nacionalista israelita), declarou que "o povo judeu tem direitos históricos, morais e legais sobre" aquele território.

"Apesar de constantemente serem denominados territórios palestinianos ocupados, a terra nunca foi o território soberano de nenhuma entidade palestiniana, nunca. É um território disputado e o povo judeu não pode ser o ocupante da sua própria pátria, da sua própria terra", defendeu.

O embaixador israelita na ONU insistiu que a raiz do conflito ou o agravamento da situação não está na construção de mais colonatos ilegais, mas sim "no facto de os palestinianos serem ensinados a odiar, educados a matar".

De acordo com Gilad, "esse ódio canceroso envenenou a mente de crianças e adultos de forma igual".

"Agora há gerações inteiras de palestinianos que não têm interesse na paz, mas apenas em derramar sangue judeu e isso, membros do Conselho (de Segurança), essa é a raiz do conflito", acrescentou.

Gilad fez essas declarações depois de o coordenador especial da ONU para o Oriente Médio, Tor Wennesland, se declarar "particularmente alarmado com os níveis extremos de violência dos colonos israelitas" nos territórios palestinianos, apresentando um novo ponto de situação peranto o Conselho de Segurança.

Junto com os habituais apelos à calma dirigidos a ambas as partes, Israel e Palestina, Wennesland desta vez focou-se também na atividade dos colonos na mais recente espiral de violência registada na Cisjordânia.

"Estou particularmente alarmado com os níveis extremos de violência dos colonos, muitos armados, atacando sistematicamente aldeias palestinianas, aterrorizando comunidades, às vezes nas proximidades e/ou com o apoio das forças de segurança de Israel", disse.

Nesse sentido, Gilad insistiu que nem os "raros" atos de violência por parte de "desprezíveis extremistas israelitas que serão levados à justiça", nem a emissão de mais licenças de construção de colonatos são o motivo da nova escalada de violência.

"A violência é puramente resultado da lavagem cerebral tóxica dos palestinianos, patrocinada e organizada pelos seus líderes, sejam eles da Autoridade Nacional Palestiniana, do Hamas ou da Jihad Islâmica", insistiu.

A maioria dos países que falaram depois de Wennesland enfatizaram nos seus discursos o perigo representado pela violência dos colonos e o apoio que estão a receber do próprio Governo de Israel para construir novos colonatos.

Na segunda-feira, o Executivo israelita aprovou a construção de 5.700 novas casas em colonatos na Cisjordânia, apesar dos apelos globais para que isso fosse evitado.

Leia Também: ONU alarmada com "níveis de violência" de colonos israelitas na Palestina

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