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Presidência espanhola da UE terá de gerir expectativas de Kyiv na adesão

A presidência espanhola do Conselho da União Europeia (UE) tem pela frente a tarefa de assegurar a continuidade do apoio militar à Ucrânia e gerir as expectativas de Kyiv, que quer um calendário para a adesão.

Presidência espanhola da UE terá de gerir expectativas de Kyiv na adesão
Notícias ao Minuto

08:12 - 27/06/23 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

Espanha vai presidir ao Conselho da UE a partir de 1 de julho e herdou da presidência anterior a continuidade do apoio à Ucrânia, que desde 24 de fevereiro de 2022 está a tentar repelir uma invasão da Rússia.

No início do ano, os 27 concordaram em enviar para a Ucrânia ao longo de 12 meses mais um milhão de munições de artilharia.

No final de maio, Bruxelas anunciou que já tinha alcançado cerca de 25% do total de munições a enviar para a Ucrânia.

Em simultâneo, os Estados-membros têm de produzir e adquirir mais munições para reabastecer os 'stocks', depauperados por causa das sucessivas remessas disponibilizadas às Forças Armadas ucranianas.

Está nas mãos da presidência espanhola garantir a conclusão destes processos, assim como avançar no desenvolvimento da indústria da Defesa, tópico cuja relevância foi renovada e ganhou ímpeto por causa da guerra no território ucraniano e 'às portas da UE'.

Outro desafio vai ser impedir a frustração das expectativas da Ucrânia em relação a uma adesão à União Europeia. O país apresentou a candidatura em fevereiro de 2022 e em junho foi concedido o estatuto de candidato, em simultâneo com a Moldova.

O processo, desde a apresentação da candidatura até receber a validação dos 27, foi o mais célere até hoje, mas para o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, a UE tem de ir mais longe e apresentar um calendário.

No início de maio, o Presidente ucraniano disse que era "o momento" de haver uma "decisão positiva sobre a abertura das negociações de adesão".

"Há muito que chegou o momento de eliminar esta incerteza política artificial nas relações entre a Ucrânia e a UE", declarou o Presidente ucraniano na altura, ao lado da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, durante uma visita a Kyiv.

Zelensky insistiu no final de maio que, mesmo em guerra, a Ucrânia está a reger a sua governação pelo "sistema europeu de democracia": "A nossa unidade, os nossos valores comuns, as nossas regras de vida comuns são bons exemplos. Estou certo de que todos [estes elementos] nos darão em breve um resultado óbvio, que é a plena adesão."

Mas Bruxelas tem esfriado as pretensões ucranianas, remetendo uma decisão para mais tarde, sem apresentar uma baliza temporal.

Para que a "plena adesão" aconteça, a Ucrânia tem de cumprir inúmeros requisitos, desde melhorias evidentes no combate à corrupção, reforço do Estado de Direito, entre outros.

Na última semana, von der Leyen reconheceu que há progressos aparentes, que têm de ser alvo de uma avaliação até ao final do ano, mas descartou a adesão a curto prazo, remetendo-a para daqui a vários anos.

Por agora, a presidente da Comissão prefere "enviar uma forte mensagem política" de que a UE estará do lado da Ucrânia a "longo prazo".

Leia Também: AO MINUTO: "Inimigos da Rússia calcularam mal"; Kyiv celebra avanços

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