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EUA. Condenado a 12 anos por disparar 'taser' contra polícia no Capitólio

O ataque ao Capitólio, por apoiantes extremistas de Donald Trump, levou a mais de mil acusações, com cerca de 500 pessoas a serem condenadas por vários crimes relacionados com o incidente no Congresso.

EUA. Condenado a 12 anos por disparar 'taser' contra polícia no Capitólio
Notícias ao Minuto

17:19 - 22/06/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Ataque ao Capitólio

Os julgamentos em torno do ataque ao Capitólio norte-americano continuam a gerar grandes sentenças e, na quarta-feira, mais um extremista do dia 6 de janeiro de 2021 foi condenado a mais de 12 anos de prisão por usar um 'taser' contra um polícia, atingindo-o no pescoço.

O homem, Daniel Joseph Rodriguez, confessou à polícia federal que atacou o agente, Michael Fanone, que na altura trabalhava no departamento metropolitano de Washington D.C.. Fanone relatou em tribunal a experiência de defender o Capitólio naquele dia, descrevendo os apoiantes de Trump como terroristas.

"Eles tornaram-se incrivelmente violentos, e eu vi um grande grupo na boca do túnel a tentar furar caminho pelos polícias que estavam a lutar para defendê-lo. Eu acredito que, se o tivessem conseguido, seríamos esmagados até à morte. Certamente que teríamos polícias mortos", contou o agente, citado pela ABC News.

Os advogados de Rodriguez admitiram que o condenado tornou-se um apoiante fervoroso de Donald Trump, seguindo-o "cegamente" e chegando mesmo a "referi-lo como 'pai' nas redes sociais antes do ataque". Isto além de propagar as teorias de conspiração veiculadas pelo então presidente dos Estados Unidos, sobre uma alegada fraude eleitoral nas presidenciais de 2020.

Depois da condenação, Rodriguez gritou que "Trump ganhou!" enquanto foi retirado da sala de audiências. O apoiante de Trump admitiu ser culpado dos crimes de obstrução de justiça e agressão contra um agente de autoridade com uma arma letal.

No dia 6 de janeiro de 2021, depois de meses em que Donald Trump manteve a teoria de que a eleição de 2020 tinha sido roubada - algo que todas as entidades oficiais desmentiram tacitamente -, e de tentar alterar o resultado das mesmas em alguns estados cruciais, um comício à porta da Casa Branca culminou com uma marcha até ao edifício do Congresso. Trump incentivou os seus seguidores a interromper a certificação oficial dos resultados, que decorria no Senado, e o protesto tornou-se rapidamente violento.

Várias pessoas, civis e polícias, morreram na sequência da invasão ao edifício, incluindo uma mulher que foi baleada quando tentava invadir a sala da Câmara dos Representantes e um polícia que foi esmagado pela multidão. O ataque foi considerado uma enorme mancha na democracia norte-americana, e Donald Trump está a ser investigado pelo seu papel numa tentativa de fraude eleitoral e pelo incentivo à violência.

Mais de mil pessoas foram acusadas pela sua participação no protesto, e mais de 500 foram já formalmente condenadas. A sentença mais pesada foi para Peter Schwartz, que foi condenado a 14 anos e meio de prisão por atacar vários polícias com gás pimenta. Também foram condenados vários membros de milícias armadas de extrema-direita, especialmente dos grupos Proud Boys e Oath Keepers.

Leia Também: Republicanos dividem-se sobre impacto de processos judiciais de Trump

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