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Putin desdramatiza abrandamento da contraofensiva ucraniana

O governo da Rússia considerou hoje que a contraofensiva lançada este mês pelas forças armadas ucranianas abrandou, mas o Presidente russo, Vladimir Putin, apelou a uma "vigilância contínua", defendendo que o potencial dos ataques ucranianos "não está esgotado".

Putin desdramatiza abrandamento da contraofensiva ucraniana
Notícias ao Minuto

11:57 - 22/06/23 por Lusa

Mundo Ucrânia

Citado pela agência noticiosa oficial Interfax, Putin avisou que Kyiv ainda não utilizou todas as "reservas estratégicas" e exortou as forças russas a terem isso em conta na defesa das zonas ocupadas desde a invasão iniciada a 24 de fevereiro de 2022, resultado de uma ordem dada pelo próprio Presidente russo.

Numa reunião do Conselho de Segurança russo, Putin exigiu que a atividade de combate seja organizada com base na "realidade", o que também terá de ter em conta que Kyiv e os seus aliados ocidentais estão prontos para lutar "até ao último ucraniano", indicou a Interfax.

O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, afirmou que após 16 dias de combates ativos, "o inimigo reduziu a sua atividade", o que implica um alegado abrandamento que as autoridades ucranianas não reconheceram de forma alguma. 

Kyiv celebrou a tomada de várias localidades nos últimos dias.

"Depois de ter conduzido ativamente as hostilidades nos últimos 16 dias, sofrendo perdas significativas, o inimigo reduziu a atividade e está a reagrupar" as tropas, disse Shoigu na reunião do Conselho de Segurança russo, também citado pela Interfax.

Shoigu concordou com Putin, ao defender que "o inimigo ainda tem força para levar a cabo mais operações ofensivas".

Moscovo afirma que as tropas ucranianas sofreram "perdas significativas".

Segundo o secretário do Conselho de Segurança, Nikolai Patrushev, as forças armadas ucranianas registaram mais de 13 mil baixas, um número impossível de verificar de forma independente.

A ofensiva militar lançada em 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, segundo os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa, justificada por Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para Kyiv e com a imposição de sanções políticas e económicas a Moscovo.

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