"A Europa vai encontrar minas arrastadas pela água nas suas praias", disse Striles, durante uma intervenção por videoconferência aos ministros europeus do ambiente reunidos no Luxemburgo.
A destruição daquela barragem em 06 de junho, com 80 mil toneladas de água, ação que a Ucrânia atribui à Federação Russa, deixou "um milhão de pessoas sem água potável".
"As cidades abastecidas por esta barragem não têm água limpa", acrescentou Striles, que disse ainda que esta destruição "causou a norte a 20 mil animais, incluindo espécies endémicas que só vivem no sul da Ucrânia", o que o levou a adiantar que "possivelmente o mundo perdeu os últimos exemplares de algumas espécies", algo que "não se pode calcular em termos monetários".
O ministro ucraniano disse também que "a metade dos danos é contaminação do ar. Mas essa contaminação vai acabar por ir para a União Europeia, EUA ou a própria Rússia".
Striles destacou que a Ucrânia apoia a decisão do Parlamento Europeu de incluir o "ecocídio" na lista dos crimes ambientais e apelou aos dirigentes europeus a incluí-lo nas respetivas legislações nacionais.
Recordou, por fim, que a Ucrânia continua a trabalhar para se converter quanto antes em membro da União Europeia e assinalou que a recuperação depois da invasão russa tem de ser compatível com a agenda de desenvolvimento sustentável e Pacto Verde Europeu.
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