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França, Bélgica, Estónia, Hungria e Chipre vão comprar mísseis Mistral

França, Estónia, Hungria, Bélgica e Chipre vão comprar em conjunto mísseis terra-ar de curto alcance Mistral, anunciou hoje o Presidente francês, Emmanuel Macron, que destacou o "bom exemplo de cooperação" europeia.

França, Bélgica, Estónia, Hungria e Chipre vão comprar mísseis Mistral
Notícias ao Minuto

22:46 - 19/06/23 por Lusa

Mundo Europa

"Este é um muito bom exemplo de cooperação entre estados dos europeus numa área bastante relevante e que não foi suficientemente coberta", sublinhou o chefe de Estado francês no final de uma conferência sobre defesa aérea em Paris.

Os cinco países assinaram uma carta de intenções relativa à aquisição de "várias centenas de mísseis Mistral", especificou um assessor presidencial, sublinhando que se trata de um "primeiro caso de compra conjunta deste tipo de material".

Entrando em serviço em 1988 com o Exército francês, o Mistral, desenvolvido pelo grupo de armas europeu MBDA, pode atingir alvos a até seis quilómetros de distância.

Paris organizou esta conferência para tentar harmonizar as posições europeias num momento em que Berlim lançou uma "iniciativa de escudo aéreo europeu" (Euro Sky Shield), em outubro, que reúne 17 países europeus, mas não a França ou a Itália, nem a Polónia, e que prevê compras de equipamentos alemães, norte-americanos e israelitas.

Este projeto pretende contar com os sistemas antiaéreos alemães Iris-T para o curto alcance, os Patriot norte-americanos para o médio alcance e o israelo-americano Arrow-3 para o longo alcance.

A França, por sua vez, prefere continuar a apostar no seu próprio sistema de defesa terra-ar de médio alcance SAMP/T MAMBA, mas insiste nos problemas colocados pelo projeto alemão.

Emmanuel Macron divulgou também hoje que a Bélgica vai juntar-se ao programa europeu de aeronaves de combate - Sistema de combate aéreo do futuro (SCAF) -, desenvolvido pela França, Alemanha e Espanha.

"Este é um grande desenvolvimento. Este alargamento permitirá ancorar ainda mais este projeto na Europa no centro da defesa aérea de amanhã", destacou o Presidente francês.

O SCAF deve entrar em serviço em 2040, mas já sofreu muitos atrasos.

Lançado em 2017 para substituir os caças franceses Rafale e os alemães e espanhóis Eurofighter, o projeto foi alvo de um longo bloqueio no ano passado, devido a atritos entre a francesa Dassault Aviation e a gigante europeia Airbus, pilares deste projeto apoiado pelos três países.

Este bloqueio terminou em 01 de dezembro de 2022 após intensa pressão política, com a conclusão de um acordo que estabelece a divisão do trabalho para esse vasto programa industrial.

A Bélgica manterá este estatuto de observador "inicialmente", devido à fase "relativamente complexa" de design e produção nesta fase do projeto, não permitindo uma participação mais direta, indicou a presidência francesa.

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