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Unicef em "choque" com a morte de crianças no naufrágio no Mediterrâneo

A Unicef manifestou hoje a sua "profunda tristeza e choque" perante as informações de que até 100 crianças podem estar entre os migrantes que ficaram presos no porão da embarcação que naufragou na quarta-feira ao largo da Grécia.

Unicef em "choque" com a morte de crianças no naufrágio no Mediterrâneo
Notícias ao Minuto

21:30 - 16/06/23 por Lusa

Mundo Grécia

"A morte de crianças no Mediterrâneo é uma atrocidade que perseguirá estas costas nos anos vindouros", afirma o departamento regional da Unicef na Ásia e Europa Central, e o coordenador especial interino da resposta a refugiados e migrantes na Europa, Philippe Cori, numa nota à imprensa.

A Unicef supõe que, nesta que terá sido a maior tragédia marítima dos últimos anos no Mediterrâneo, com pelo menos 100 crianças a bordo do barco sobrelotado, muitas dessas crianças terão perdido a vida, uma vez que, até agora, os relatos de sobreviventes são limitados.

"Trata-se de crianças migrantes e em busca de asilo que fugiram do conflito, da violência e da pobreza. São crianças que provavelmente enfrentaram exploração e abuso em cada etapa da sua viagem. A maioria delas terá tentado fazer a perigosa travessia sozinhas, nas mãos de traficantes e contrabandistas", destaca.

A Unicef diz-se preparada para responder às necessidades imediatas das crianças e mulheres que possam ter sobrevivido ao naufrágio, em coordenação com os parceiros e autoridades nacionais.

A Unicef apela à disponibilização "de rotas seguras e legais" para a migração e o asilo na União Europeia, assim como operações coordenadas de procura e salvamento que "contribuam para prevenir" mortes no mar.

"As crianças são crianças e os países devem trabalhar em conjunto para garantir que todas as vidas das crianças sejam protegidas, independentemente do seu estatuto migratório", conclui.

A bordo da embarcação que naufragou ao largo da Grécia poderiam estar entre 500 e 700 migrantes, incluindo mulheres e crianças, a maioria das quais encontrava-se no porão do navio.

Leia Também: Amnistia Internacional pede criação de rotas seguras e legais

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