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Polícia encontra plano para golpe em telemóvel de assessor de Bolsonaro

A ideia do ex-presidente brasileiro passava por colocar o país debaixo de controlo militar até que nova votação fosse realizada.

Polícia encontra plano para golpe em telemóvel de assessor de Bolsonaro
Notícias ao Minuto

15:04 - 16/06/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Brasil

Jair Bolsonaro perdeu as últimas eleições presidenciais no Brasil, mas tudo aponta para que tenha planeado um golpe de Estado para contrariar os resultados do escrutínio. A revelação é feita pela revista Veja, que dá conta de que o plano em causa terá sido encontrado no telemóvel do tenente-coronel Mauro Cid, assessor do antigo chefe de Estado.

A sua ideia? Segundo a revista citada, passava por anular o resultado das eleições, afastar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que, na perspetiva dos derrotados, teriam interferido no escrutínio, e colocar o país debaixo de controlo militar até que nova votação fosse realizada. Tudo isto com um único objetivo: perpetuar a permanência de Jair Bolsonaro no poder.

O plano consta de um documento de três páginas a que a Veja teve acesso e que faz parte, por sua vez, de um relatório de 66 páginas da autoria da Diretoria de Inteligência da Polícia Federal, após acederem a mensagens de WhatsApp, áudios, backups de segurança e arquivos armazenados no telemóvel de Mauro Cid.

O documento, intitulado 'Forças Armadas como poder moderador', descreve o plano, passo a passo. Relata o mesmo que o chefe de Estado ainda no poder na altura - Jair Bolsonaro - devia encaminhar um relato das inconstitucionalidades praticadas pelo Judiciário aos comandantes das Forças Armadas, que analisariam a argumentação. Caso concordassem com os mesmos, deviam nomear um "interventor" que seria investido de poderes absolutos.

Seria definido por ele, depois, um prazo para o "reestabelecimento da ordem constitucional", após o qual poderia suspender as decisões que, na sua ótica, fossem inconstitucionais - e até afastar os magistrados do Supremo Tribunal Federal, que seriam também alvo de inquéritos, convocando substitutos. Isto enquanto tanto a Polícia Federal, como a Polícia Rodoviária Federal, estariam sob o seu comando. Só num último momento seria marcada uma data para a realização de uma nova eleição presidencial.

Recorde-se que após o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, ter sido proclamado vitorioso, numa segunda volta eleitoral no escrutínio de final do ano passado, os apoiantes do presidente cessante apressaram-se a pedir às Forças Amadas por um golpe de Estado, para impedir que Lula da Silva assumisse 'as rédeas' do país.

Aliás, poucos dias após a tomada de posse, a 1 de janeiro deste ano, as sedes dos três poderes do Estado brasileiro - o Congresso, o Supremo Tribunal e o Palácio do Planalto - foram invadidas e atacadas por apoiantes de Jair Bolsonaro.

Foram detidas mais de mil pessoas, por serem suspeitas do envolvimento nesta tentativa de golpe de Estado, segundo a informação avançada pela imprensa brasileira.

Leia Também: Portugal, Angola e Brasil ainda falham na luta contra tráfico humano

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