"É uma guerra. Por isso, sabemos que haverá danos de ambos os lados", sublinhou o governante norte-americano numa conferência de imprensa após uma reunião dos membros do Grupo de Contacto para a Ucrânia.
O ministro da Defesa, Oleksiy Reznikov, e os comandantes militares ucranianos, informaram hoje os países aliados e parceiros sobre a situação no terreno e delinearam as suas necessidades militares.
Moscovo tem reivindicado a destruição dos tanques Leopard alemães e os Bradley norte-americanos fornecidos às forças ucranianas, enquanto o Presidente russo, Vladimir Putin, garantiu que as suas forças estão a repelir a ofensiva e que as perdas ucranianas são "catastróficas".
"Acho que os russos mostraram os mesmos cinco veículos cerca de mil vezes de dez ângulos diferentes", frisou o secretário de Defesa dos EUA.
"Os ucranianos ainda têm uma grande capacidade de combate, um grande poder de combate", assegurou Lloyd Austin, enfatizando a capacidade dos ucranianos de "recuperar e arranjar equipamentos danificados".
Para o chefe do Estado-Maior dos Exércitos dos Estados Unidos, o general Mark Milley, a contraofensiva "está nos seus estágios iniciais" e "a luta é muito violenta e provavelmente durará muito tempo".
Por outro lado, o ministro da Defesa ucraniano realçou, através da rede social Twitter, que Kyiv precisa de "veículos blindados, armas antitanque e munições para proteger" o território e "ajudar os russos a encontrar o caminho de volta para casa".
Os Estados Unidos deram um novo sinal de apoio nesta fase da contraofensiva ucraniana, ao anunciar na terça-feira 325 milhões de dólares em ajuda militar adicional, que inclui veículos blindados e munições.
A Alemanha, Reino Unido, Polónia, Canadá, Dinamarca, Países Baixos, Noruega e Itália também anunciaram contribuições.
Reznikov saudou também os compromissos e as "notícias importantes" da coligação formada pela Dinamarca e Países Baixos para formar pilotos ucranianos em caças F-16 dos EUA.
A formação deve iniciar-se este verão mas "vai levar tempo", alertou Lloyd Austin, enquanto Mark Milley frisou que "é prematuro anunciar datas para o fornecimento de aeronaves".
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