Esta medida faz parte de uma estratégia do governo, em particular dos membros de extrema-direita, para lidar com o atual aumento de violência no conflito israelo-palestiniano, noticiou a agência Efe.

Os novos regulamentos de Ben Gvir, que estão dependentes de aprovação pela Comissão Parlamentar de Segurança, visam agilizar o processo de emissão de licenças de porte de armas, sendo que aumentou em 2023 o número de israelitas a fazerem essa solicitação.

De acordo com órgãos de comunicação social israelitas, este plano pretende aumentar em 30 mil o número de cidadãos com posse de arma, o que para Ben Gvir será "um passo fundamental para salvar vidas", ao permitir que "mais pessoas respondam em tempo real" a possíveis ataques.

O responsável pela Segurança Nacional, de ideologia supremacista judaica e antiárabe, defende uma repressão mais dura contra os palestinianos.

Atualmente, mais de 150 mil pessoas estão autorizadas a portar armas em Israel, Estado com 9,7 milhões de habitantes, números que não incluem militares, polícias ou segurança, que já estão armados devido ao seu emprego.

As novas medidas que Ben Gvir pretende ver aprovadas tornariam mais fácil para qualquer pessoa que tenha sido soldado nas forças de combate do Exército obter licença.

Este procedimento também será estendido a voluntários do serviço médico de emergência israelita Magen David Adom (MDA, equivalente à Cruz Vermelha), ex-soldados de combate que interromperam o serviço militar devido a ferimentos e membros de escolas religiosas judaicas que combinam os seus estudos com serviço no Exército, segundo o jornal israelita Haaretz.

Até agora, apenas os veteranos que serviram em unidades de infantaria poderiam obter mais facilmente uma licença de armas.

Em Israel, um país com mentalidade militar, o uso ou posse de armas é normalizado, mas existem regras rígidas para obtenção de armas.

Apenas uma arma é permitida por civil, e deve ser semiautomática.

A imagem de israelitas na posse de armas na rua pretende ser reforçada por Ben Gvir, que tem trabalhado desde que assumiu o cargo para concretizar esse objetivo.

No entanto, outras entidades israelitas têm criticado estes planos da extrema-direita, alertando que o aumento das licenças para a posse de armas não irá resultar em maior segurança.

Desde o início do ano, quando Ben Gvir assumiu o cargo, os crimes com armas de fogo e homicídios em Israel duplicaram, de acordo com dados de maio.

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