Mais de 70% dos cidadãos da UE sentem impacto das decisões de Bruxelas

Mais de 70% dos cidadãos da União Europeia (UE) reconhecem que as políticas adotadas por Bruxelas afetam diretamente as suas vidas e em Portugal só 20% estão despreocupados com o impacto dessas decisões.

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Lusa
06/06/2023 10:51 ‧ 06/06/2023 por Lusa

Mundo

Eurobarómetro

Um total de 71% dos cidadãos dos 27 acreditam que as ações da UE têm impacto diário nas suas vidas, conclui um Eurobarómetro do Parlamento Europeu (PE) feito no mês de março e apresentado hoje, em conferência de imprensa, em Bruxelas, segundo o qual 28% desvalorizam o impacto de Bruxelas nas suas vidas e apenas 1% não tem opinião sobre o assunto.

Mais de 85% dos cipriotas e malteses receiam o impacto que as decisões tomadas em Bruxelas tenham nas suas vidas, enquanto os cidadãos da Bulgária, Itália e Letónia temem a influência europeia na vida quotidiana.

Em Portugal, 80% dos inquiridos sentem o impacto das decisões tomadas em Bruxelas. O país ocupa o sétimo lugar entre os países mais preocupados com a influência da UE na vida nacional, ultrapassado apenas pelo Chipre, Malta, Luxemburgo, Grécia, Eslováquia e Alemanha.

Em relação às matérias sobre as quais a UE tem tido um poder de decisão maior nos últimos anos, a maioria dos cidadãos europeus que responderam ao Eurobarómetro estão satisfeitos (69%) com o apoio prestado à Ucrânia deste o início da invasão russa, mas apenas 43% acham que a UE está a fazer um bom trabalho nas políticas de migração e asilo.

O Eurobarómetro, apresentado a menos de um ano das próximas eleições europeias, também aponta que 54% dos cidadãos europeus querem que o PE desempenhe um papel mais importante na vida europeia.

O Parlamento Europeu, composto por 705 deputados, não tem força legislativa, mas mais de metade dos inquiridos quer que o único órgão para o qual votam tenha um papel mais preponderante nas políticas que Bruxelas adota.

A defesa pela democracia continua a ser o tópico mais preocupante para os cidadãos europeus, mas 38% também querem que o PE comece a olhar para a pobreza e exclusão social.

Leia Também: Aumento do custo de vida? Sete em 10 portugueses descontentes com medidas

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