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Meste corânico detido no Senegal sob acusação de violação de alunas

Um mestre corânico senegalês, suspeito de ter violado 27 das suas alunas em Touba, foi hoje detido nesta cidade do centro do país, após várias semanas em fuga, anunciou fonte policial.

Meste corânico detido no Senegal sob acusação de violação de alunas
Notícias ao Minuto

20:35 - 05/06/23 por Lusa

Mundo Senegal

O presumível violador "foi detido hoje depois de se ter apresentado à polícia" e, "depois de interrogado, foi entregue à guarda", disse o oficial da polícia de Touba, confirmando uma notícia publicada na imprensa local.

O suspeito "estava em fuga" há várias semanas, referiu ainda o agente.

Touba é uma cidade considerada santa pelos Mourides, uma importante confraria religiosa muçulmana do Senegal.

O mestre corânico, cuja idade não foi indicada, desapareceu desde o início do processo, no primeiro trimestre, na sequência de uma queixa apresentada pelas vítimas, que apresentaram atestados médicos, acrescentou a fonte.

O detido é acusado de "violar 27 alunas na sua escola em Touba", acrescentou. As alegadas agressões ocorreram ao longo de um período de tempo, disse, sem dar mais pormenores, designadamente a idade das vítimas.

As vítimas são "menores", o que sugere que têm menos de 15 anos, e a escola corânica, onde são dadas aulas sobre o Islão, foi encerrada, segundo a imprensa local.

O caso veio a lume quando uma das raparigas se recusou a regressar à escola porque o mestre corânico "mantinha relações sexuais com ela e com todas as outras raparigas", escreveu o diário le Jour, na edição de 31 de maio.

Este caso coincide com a sentença proferida na semana passada contra o líder da oposição Ousmane Sonko, acusado de violar uma empregada de um salão de beleza em Dacar.

Ousmane Sonko acabou por ser absolvido da acusação de violação, mas foi condenado a dois anos de prisão por ter incitado a jovem a cometer um atentado ao pudor.

O caso dominou as manchetes dos jornais durante dois anos. Mas a questão da violência sexual foi relegada para segundo plano devido à politização do caso.

O Parlamento senegalês criminalizou a violação em 2020.

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