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ONU receia situação de 150 mil refugiados de outros países em Cartum

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) disse hoje temer pela situação dos 150 mil refugiados de outros países que continuam em Cartum, capital sudanesa.

ONU receia situação de 150 mil refugiados de outros países em Cartum

© AFP via Getty Images

Lusa
01/06/2023 17:53 ‧ há 2 anos por Lusa

Mundo

Sudão

Atualmente, estes já são menos de metade do número que a capital sudanesa abrigava antes do início do conflito entre o exército sudanês e as paramilitares Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês).

"A situação atual está a dificultar significativamente a nossa capacidade de levar a cabo atividades humanitárias na cidade, além da monitorização mínima da proteção por telefone", afirmou a representante adjunta do ACNUR no Sudão, Fátima Mohammed Cole, num comunicado.

Mohammed Cole referiu que todas as tentativas de chegar a Cartum para ajudar os refugiados "falharam" e informou que os dois escritórios da agência das Nações Unidas na capital sudanesa foram saqueados.

O Sudão acolheu cerca de um milhão de refugiados de outros países - a segunda maior população de refugiados em África - principalmente do Sudão do Sul, da Eritreia, da Síria, da Etiópia, da República Centro-Africana, do Chade e do Iémen.

Cerca de 150.000 outros refugiados puderam abandonar a cidade, epicentro dos combates desde 15 de abril, e instalaram-se nas regiões sudanesas do Nilo Branco, Gedaref, Kassala, Jazira e Porto Sudão, segundo a Comissão Sudanesa para os Refugiados.

O ACNUR manifestou a sua preocupação com a situação destas pessoas que, de acordo com os mais recentes relatórios, estão a ser vítimas de roubos, ameaças e violência física e sexual.

"Reiteramos o nosso apelo para garantir a proteção de todos os civis no Sudão, incluindo os refugiados e os requerentes de asilo", declarou.

A agência continua a trabalhar com redes locais em várias regiões do país, principalmente a partir de Porto Sudão, onde está a emitir documentação para os requerentes de asilo e a distribuir bens de primeira necessidade.

Além disso, o ACNUR está a trabalhar nas fronteiras do Sudão e a verificar se os governos dos países vizinhos permitem o acesso às pessoas que fogem do país.

Outra região de particular preocupação para o organismo é Darfur, no oeste do país, onde as condições dos refugiados e das pessoas deslocadas internamente são "terríveis" e a capacidade de assistência do ACNUR está a ser "severamente dificultada".

Até 31 de maio, o ACNUR registou a fuga de 378.315 pessoas do Sudão devido ao conflito, que já provocou mais de 1,2 milhões de deslocações internas, segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM) e o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA).

Leia Também: Paramilitares acusam exército do Sudão de atacar instalações da ONU

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