"Os Estados Unidos devem interromper qualquer forma de intercâmbio oficial com Taiwan, absterem-se de negociar acordos com Taiwan que tenham caráter soberano ou de natureza oficial e absterem-se de enviar sinais errados às forças separatistas de Taiwan", disse a porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning.
O acordo, que deve ser assinado hoje, ocorre numa altura em que a China exerce crescente pressão para intimidar Taiwan, através do envio de aviões e navios de guerra para perto do território, com frequência quase diária.
Vários políticos norte-americanos e europeus visitaram Taiwan, numa demonstração de apoio ao governo eleito do território.
China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas. Pequim considera Taiwan parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso a ilha declare formalmente a independência.
Os Estados Unidos não têm relações oficiais com Taiwan, mas mantêm extensos laços informais e trocas comerciais avaliadas em milhares de milhões de dólares.
As autoridades norte-americanas e taiwanesas dizem que a Iniciativa EUA - Taiwan sobre o comércio vai impulsionar as trocas ao simplificar os procedimentos nas alfândegas, investimentos e outras regras.
O acordo deve ser assinado por funcionários das entidades não oficiais que representam os dois governos em cada país, numa cerimónia com a presença de representantes comerciais de ambos os lados, segundo o governo taiwanês.
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