Chefe da diplomacia da UE lamenta novo ataque mortal em Kyiv
O chefe da diplomacia da União Europeia (UE) lamentou hoje um novo ataque aéreo na Ucrânia que matou crianças, causado pela Rússia, que continua a "atacar civis", esperando uma "forte mensagem de unidade europeia" na Comunidade Política Europeia.
© Carl Court/Getty Images
Mundo Ucrânia
"Esta é uma cimeira muito importante, mas tenho de lamentar hoje um novo ataque, com a morte de duas crianças, mais uma prova de que a Rússia continua a atacar a população civil na Ucrânia", reagiu Josep Borrell, falando na chegada à cimeira da Comunidade Política Europeia, na Moldova.
"Espero que a presença de tantos líderes aqui, muito perto da Ucrânia, a alguns quilómetros da fronteira, envie uma mensagem forte sobre a unidade de muitos Estados, não só da União Europeia, mas também de outros, na defesa da ordem internacional, na defesa dos direitos das pessoas e na defesa da soberania dos países", acrescentou o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política da Segurança.
De acordo com Josep Borrell, "é importante que esta mensagem chegue à Rússia".
Pelo menos três pessoas morreram hoje e dez ficaram feridas num ataque aéreo em Kyiv, disseram as autoridades militares ucranianas.
Depois de 17 ataques com 'drones' (veículos aéreos não tripulados) e mísseis à capital ucraniana em Maio, as forças russas atingiram a capital de manhã cedo com mísseis lançados a partir do solo.
"Três pessoas morreram e quatro ficaram feridas no bairro de Desnyansky", escreveu a administração militar de Kyiv, na plataforma Telegram.
A mesma fonte referiu que apenas uma criança morreu no ataque, depois de inicialmente ter indicado que duas crianças tinham sido mortas.
O número de vítimas foi o maior registado nos ataques contra Kyiv no último mês.
Ainda nas declarações à imprensa, e quando questionado sobre as eleições antecipadas em Espanha, marcadas para 23 de julho, Josep Borrell disse acreditar que "a campanha eleitoral pode decorrer sem prejudicar a presidência" espanhola do Conselho da União Europeia.
"Macron teve eleições presidenciais durante a presidência francesa, não é nada de extraordinário e novo", adiantou aos jornalistas na Moldova.
A Moldova acolhe hoje a segunda cimeira da Comunidade Política Europeia, a plataforma de cooperação para a segurança e estabilidade da Europa, com líderes da União Europeia (UE) e de outros países, agora focada na paz e energia.
A segunda cimeira da Comunidade Política Europeia juntará dirigentes de todo o continente europeu no Castelo Mimi em Bulboaca, a 35 quilómetros da capital da Moldova, Chisinau, e perto de 20 quilómetros da fronteira com a Ucrânia.
Portugal está representado na ocasião pelo chefe de Governo, António Costa.
Criada em 2022 com base na visão do Presidente francês, Emmanuel Macron, divulgada num discurso no Dia da Europa em maio do ano passado, a Comunidade Política Europeia é uma plataforma de diálogo político e cooperação para questões de interesse comum e reforço da segurança, da estabilidade e da prosperidade do continente europeu, não substituindo contudo qualquer organização, estrutura ou processo existente.
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