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Sudão. Aliança pede aos beligerantes para prolongarem cessar-fogo

A aliança dos partidos civis da oposição Forças da Liberdade e da Mudança apelou ao exército sudanês e ao grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) para que aceitem uma prorrogação da trégua que expira hoje.

Sudão. Aliança pede aos beligerantes para prolongarem cessar-fogo
Notícias ao Minuto

19:33 - 29/05/23 por Lusa

Mundo Sudão

Em comunicado, a aliança exortou as partes beligerantes a renovar a trégua, que foi acordada há uma semana sob os auspícios e a mediação da Arábia Saudita e dos Estados Unidos e que expira às 19:45 de hoje (hora de Lisboa), para "abordar a grave deterioração da situação humanitária".

Apesar de este novo cessar-fogo não ter sido respeitado - como todos os anteriores -, a aliança defende que a sua renovação poderia "constituir uma oportunidade para abordar a situação humanitária, que se está a deteriorar gravemente", devido à escassez de produtos de base ou à deslocação de mais de 1,4 milhões de pessoas.

As Forças da Liberdade e da Mudança apelaram igualmente às partes beligerantes para que "respeitem o cessar-fogo", uma vez que as anteriores tréguas registaram "abusos como a utilização de aviões de combate, a presença armada em casas e instalações de serviços, agressões a civis e confrontos armados", fatores que dificultaram a chegada da ajuda humanitária.

A guerra no Sudão eclodiu no passado dia 15 de abril entre o exército, comandado pelo general Abdel Fattah al-Burhan, e as RSF, lideradas pelo general Mohamed Hamdane Daglo, tendo os confrontos já provocado pelo menos 1.800 mortos, de acordo com dados da organização não-governamental que monitoriza conflitos ACLED.

O exército e as RSF voltaram hoje à mesa das negociações na Arábia Saudita para negociar o prolongamento das tréguas, depois de ambas as partes se terem comprometido, nos últimos dias, a prolongar o cessar-fogo para garantir o acesso humanitário.

Quase um mês e meio após o início do conflito, os combates destruíram grande parte das instalações civis de Cartum, bem como dois terços dos hospitais do país.

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