A única passagem rodoviária da fronteira polaco-bielorrussa, em Kukuryki, ficará "encerrada 'sine die' a partir de 01 de junho", segundo um despacho do Ministério do Interior polaco hoje divulgado.
Entre os cidadãos bielorrussos sancionados por Varsóvia figuram, além de deputados, também dezenas de juízes e autarcas, bem como atletas e jornalistas pró-Minsk.
Serão todos proibidos de entrar na Polónia e no espaço Schengen (de livre circulação entre Estados-membros da União Europeia) e os seus bens serão congelados, precisou o ministério.
"Essas pessoas promoveram o regime bielorrusso e participaram na legitimação e no apoio da política repressiva das autoridades de Minsk", sublinhou a mesma fonte, num comunicado oficial.
Segundo o ministério, esta decisão é a resposta "à manutenção da pesada sentença no caso Andrzej Poczobut", um jornalista polaco-bielorrusso condenado a oito anos de prisão por ter criticado o regime do Presidente Alexandre Lukashenko.
Na passada sexta-feira, um tribunal bielorrusso rejeitou o seu recurso e confirmou a pena.
As sanções hoje adotadas pelo Governo polaco são também infligidas às "pessoas responsáveis pela organização da imigração clandestina para a Polónia e os países bálticos", refere o comunicado.
A Polónia acusa a Bielorrússia, principal aliada da Rússia, de ter orquestrado o afluxo de migrantes para a sua fronteira comum e erigiu uma vedação de aço ao longo da mesma para dissuadir as travessias ilegais.
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