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Órban, Salvini e Le Pen felicitam VOX por "excelentes resultados"

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Órban, o líder da Liga Norte, Matteo Salvini, e a fundadora da Aliança Nacional francesa, Marine Le Pen, felicitaram hoje o VOX pelos "excelentes e espetaculares" resultados nas eleições regionais e locais espanholas de domingo.

Órban, Salvini e Le Pen felicitam VOX por "excelentes resultados"
Notícias ao Minuto

16:59 - 29/05/23 por Lusa

Mundo Espanha/Eleições

Orbán considera que os resultados demonstram que "a 'reconquista' da direita continua em Espanha", pelo que sublinhou estar "confiante" de que as eleições legislativas antecipadas de julho serão "o próximo passo" neste progresso, saudando, por isso, o líder do VOX (extrema-direita), Santiago Abascal.

"Vamos, Santiago! Vamos, VOX!", declarou Órban na rede social Twitter, onde o líder húngaro partilhou também uma imagem sua a apertar a mão a Abascal.

Para Le Pen, o VOX conseguiu um avanço "espetacular".

"Este resultado traduz-se para Espanha, assim como para a Europa, no estabelecimento e consolidação da corrente patriótica e contribui para reforçar a voz do povo", sublinhou a antiga candidata ao Eliseu.

Por seu lado, Salvini, vice-primeiro-ministro italiano, afirmou que o Partido Popular e o VOX obtiveram um "grande resultado".

O também líder da Liga Norte salientou que "o centro-direita unido triunfa em Itália e no resto da Europa".

Órban, Salvini e Le Pen já participaram no passado em eventos do VOX, que também procurou o apoio de outros líderes europeus ultraconservadores, como a italiana Giorgia Meloni e o polaco Mateusz Morawiecki.

Hoje, em Madrid, o VOX salientou que os resultados "magníficos" que teve nas eleições regionais e locais de domingo permitem construir uma alternativa à esquerda em Espanha e desafiou o Partido Popular (PP), de direita, a negociar.

"Hoje é um dia de mão estendida. Houve um partido que ganhou em muitas regiões e em muitas autarquias e que não tem maioria para governar. Esse partido é que tem de dizer se está disposto a construir uma alternativa connosco ou se vai seguir por outro caminho", afirmou Abascal, numa declaração aos jornalistas na sede do partido.

O líder da extrema-direita espanhola considerou que os resultados de domingo permitem "construir desde autarquias e regiões uma alternativa" à esquerda em Espanha, país que terá legislativas nacionais antecipadas em 23 de julho.

A antecipação das eleições nacionais em seis meses, estavam previstas para dezembro, foi anunciada hoje pelo primeiro-ministro, Pedro Sánchez, na sequência da derrota dos socialistas, que lidera, nas regionais e locais de domingo.

O PP foi o partido que ganhou as eleições de domingo, mas vai precisar do apoio do VOX para governar várias regiões e municípios. Já o VOX foi o partido que mais cresceu em relação às anteriores locais e regionais.

O presidente do PP, Alberto Núñez Feijóo, questionado hoje sobre a possibilidade de alianças com a extrema-direita, escusou-se a responder de forma direta, remeteu para terça-feira, para uma reunião da direção nacional do PP, a análise dos resultados das eleições de domingo e sublinhou que, porém, "a análise mais fina" cabe às estruturas regionais e locais do partido.

"Vamos respeitar as competências de cada um e a realidade que se desprende das urnas", afirmou.

Feijóo disse que falou hoje já com o líder do VOX numa conversa em que se felicitaram mutuamente pelos resultados de domingo mas sobre a qual não deu mais pormenores.

"Como presidente do Governo e também secretário-geral do Partido Socialista, assumo na primeira pessoa os resultados e penso ser necessário dar uma resposta e submeter o nosso mandato democrático à vontade popular", afirmou hoje Pedro Sánchez, ao anunciar a dissolução do parlamento e a antecipação das eleições legislativas nacionais para 23 de julho.

Na mesma intervenção, Sánchez referiu que os resultados das eleições ditaram o afastamento "de magníficos" presidentes autonómicos e autarcas socialistas do poder e que "numerosas instituições" autárquicas e autonómicas em Espanha passem "a ser administradas por novas maiorias formadas pelo PP e VOX".

Leia Também: Espanha. Extrema-direita desafia PP a negociar para afastar esquerda

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