Dois membros dos Oath Keepers condenados pela invasão do Capitólio

Dois veteranos do Exército que invadiram o Capitólio dos EUA com outros membros da organização de extrema-direita Oath Keepers foram condenados esta sexta-feira a penas de prisão, depois do fundador ter sido sentenciado a 18 anos de prisão.

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Lusa
27/05/2023 07:00 ‧ 27/05/2023 por Lusa

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O juiz distrital dos EUA, Amit Mehta, condenou Jessica Watkins, de Woodstock, Ohio, a oito anos e seis meses atrás das grades e Kenneth Harrelson, de Titusville, Flórida, a quatro anos de prisão, noticiou a agência Associated Press (AP).

Um júri federal absolveu estes veteranos da acusação de conspiração sediciosa da qual o fundador da Oath Keepers, Stewart Rhodes, foi considerado culpado em novembro.

Rhodes é a primeira pessoa acusada pela invasão de 06 de janeiro de 2021 a ser sentenciada por conspiração sediciosa, e a sua sentença é a mais longa proferida até agora nas centenas de casos relacionado com o motim no Capitólio, que visava manter no poder o ex-Presidente republicano Donald Trump.

Mehta concordou com o Departamento de Justiça que as ações de Rhodes e de outros membros do Oath Keepers poderiam ser punidas como "terrorismo", aumentando a sentença recomendada pelas diretrizes federais.

Mas o juiz acabou por condenar Watkins e Harrelson a uma pena inferior aquela que os promotores pediam, 18 e 15 anos, respetivamente.

Watkins e Harrelson marcharam em direção ao Capitólio com outros membros do Oath Keepers em formação militar, enquanto uma multidão de apoiantes de Trump entrava em confronto com polícias em menor número.

A veterana das Forças Armadas norte-americanas formou um grupo de milícia separado baseado em Ohio e recrutou outros para se juntar aos Oath Keepers em Washington naquele dia.

Mehta referiu que, embora Watkins não fosse um líder importante, como Rhodes, ela era mais do que apenas um "soldado de infantaria", observando que pelo menos três outros acusados no motim não estariam lá se a veterana não os tivesse recrutado para se juntarem.

"O seu papel naquele dia foi mais agressivo e mais intencional do que talvez outros", frisou Mehta a Watkins.

Watkins desculpou-se em lágrimas pelas suas ações antes de o juiz proferir a sua sentença, condenando a violência dos manifestantes que agrediram a polícia, mas admitindo que a sua presença no Capitólio "provavelmente inspirou essas pessoas até certo ponto".

Harrelson disse ao juiz que foi a Washington depois de outro membro dos Oath Keeper lhe ter oferecido um "emprego como segurança", mas disse que nunca votou num presidente na sua vida e que não se importa com política.

Alguns dos Oath Keepers forneceram serviços de segurança para o aliado de Trump Roger Stone e outras figuras de direita, em eventos anteriores ao motim.

Mehta explicou que não concorda com o retrato dos procuradores de que Harrelson era um "organizador de nível médio" nos Oath Keepers, nem, ao contrário de muitos outros membros do grupo acusados no ataque, enviou alguma mensagem "que alguém consideraria extremista".

Mas o juiz salientou que ficou impressionado com a imagem de Harrelson a revistar um policial enquanto saia do Capitólio.

Leia Também: Extremista sentenciado a 18 anos de prisão por invasão do Capitólio

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