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Berlim nega que crítica de Scholz a ecologistas motivasse ação policial
Um porta-voz do governo alemão rejeitou hoje que as críticas do chanceler Olaf Scholz aos críticos das políticas climáticas possam ter desencadeado ataques policiais a estes durante esta semana.
© Joshua Sammer/Getty Images
Mundo Olaf Scholz
Na quarta-feira, a polícia alemã fez buscas em mais de uma dúzia de locais, em vários sítios do país, ligados ao grupo Última Geração, e fez várias apreensões no quadro de uma investigação às suas finanças.
Procuradores em Munique adiantaram que estão a investigar se o grupo constitui uma organização criminosa, depois de as suas repetidas ações de protesto, como bloqueios de vias de comunicação, desencadearem queixas de outros cidadãos.
Dias antes destas operações, Scholz tinha dito que estes ecologistas eram "completamente malucos, ao colarem-se a quadros ou ao chão".
Membros do Última Geração argumentaram, por seu lado, que estas operações policiais eram um golpe na democracia e que Scholz estava a minimizar as preocupações dos jovens sobre a rutura climática.
O porta-voz de Scholz, Wolfgang Buechner, disse que ignorava se o chanceler teve conhecimento prévio das operações policiais, mas que seria estranho se tivesse sido o caso.
Questionado sobre se os procuradores na Baviera leram os comentários de Scholz como uma indicação para reprimirem o grupo, Buechner rejeitou fortemente a ideia.
O porta-voz adiantou que o governo alemão permanece comprometido em responder à rutura climática e que os manifestantes devem cumprir a lei.
Entretanto, um porta-voz da Organização das Nações Unidas disse na quinta-feira que, enquanto os governos têm o dever de aplicar a lei, "as pessoas têm um direito fundamental a manifestar-se pacificamente para fazer ouvidas as suas vozes".
Em declarações à comunicação social em Nova Iorque, Stéphane Dujarric acrescentou: "E está claro que há muito progresso na consciência das alterações climáticas e que um movimento positivo das alterações climáticas é devido ao facto de as pessoas se terem manifestado pacificamente através do mundo".
Os ativistas ambientais já fizeram saber que tencionam fazer mais ações na Alemanha nos próximos dias.
Leia Também: Olaf Scholz chama "malucos" a ativistas que se colam a quadros nos museus
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