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Presidente da Geórgia critica governo do país por aproximação à Rússia

A presidente da Geórgia, Salome Zurabishvili, criticou, esta sexta-feira, o governo do país por se distanciar da Europa e pela política de concessões à Rússia, num discurso na Praça da Liberdade de Tbilisi.

Presidente da Geórgia critica governo do país por aproximação à Rússia
Notícias ao Minuto

16:09 - 26/05/23 por Lusa

Mundo Geórgia

"A grande esperança da Geórgia é a sua sociedade, que mostra a sua solidariedade para com a Ucrânia e a sua ligação à opção europeia, no entanto, o Governo não respeita o seu próprio povo", afirmou Zurabishvili no mesmo discurso, proferido por ocasião do 32.º aniversário da independência do país, criticando o primeiro-ministro, Irakli Garibashvili, sentado a poucos metros de distância.

A chefe de Estado denunciou a política externa do executivo de Garibashvili, afirmando que esta distancia o país da Europa e provoca o seu isolamento.

"Criticamos e lutamos contra os nossos amigos, contra os nossos parceiros, contra países que há 30 anos nos estendem a mão, que nos ajudaram a construir o Estado. Por outro lado, recebemos com carinho aqueles que ocupam 20% do nosso território e cuidamos deles", afirmou, numa referência aos russos.

Segundo o relato das agências internacionais, as palavras da Presidente foram recebidas com murmúrios e chegou a ouvir-se a palavra "traidora" na tribuna oficial, repleta de responsáveis do Governo e parlamentares.

Na semana passada, Salome Zurabishvili denunciou o restabelecimento dos voos da Geórgia com a Rússia como uma "provocação" de Moscovo e descreveu como "insultuosas" as declarações do Governo sobre os benefícios económicos da medida.

"A nossa sociedade não se vende por 200 ou 300 milhões. A nossa sociedade não vai desistir da Europa nem do futuro das nossas crianças", destacou.

A Presidente acrescentou que as concessões feitas pelo Governo não farão com que a Rússia devolva à Geórgia os territórios ocupados, Ossétia do Sul e Abkházia, que Moscovo reconhece como Estados independentes.

O primeiro-ministro Irakli Garibashvili discursou depois, respondendo a Zurabishvili e afirmando que o executivo liderado pelo seu partido, no poder desde 2012, tem conseguido "conquistas impressionantes" no caminho da integração europeia.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Leia Também: África do Sul diz que Ocidente ameaçou quem não alinhou contra a Rússia

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