Suíça apoia plano para enviar tanques Leopard 2 desativados à Alemanha
O poder executivo da Suíça manifestou quarta-feira apoio a uma proposta para desativar 25 tanques de combate Leopard 2 fora de serviço, que o Governo da Alemanha quer devolver ao fabricante alemão para preencher lacunas nos equipamentos de Berlim.

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Mundo Guerra na Ucrânia
O Conselho Federal, o órgão executivo suíço de sete membros, divulgou hoje que apoia uma proposta de um importante comité parlamentar de política de segurança para desativar os tanques e reexportá-los para a Alemanha.
Espera-se que a ministra da Defesa, Viola Amherd, endosse o plano num discurso à câmara baixa do Parlamento no próximo mês, noticiou a agência Associated Press (AP).
Qualquer reexportação também exigirá o apoio da câmara alta na sua sessão em setembro e uma aprovação subsequente do ministro da Economia suíço.
Os tanques serão enviados apenas com a condição de serem devolvidos ao fabricante Rheinmetall e não à Ucrânia.
A invasão da Ucrânia pela Rússia levou a Suíça a lidar com a sua longa adesão constitucional à neutralidade, que, entre outras coisas, proíbe a exportação de armamento suíço ou de propriedade da Suíça ou material de guerra para combatentes em conflitos ativos.
A Suíça, no entanto, alinhou-se com as sanções da União Europeia (UE) contra indivíduos e empresas russas após a invasão.
O Exército suíço utiliza atualmente 134 tanques Leopard-2 A4 WE reformados e possui outros 96 que não foram reformados e foram desativados.
Os ministros da Economia e da Defesa da Alemanha entraram em contacto com as autoridades suíças em fevereiro, para a revenda dos tanques à Rheinmetall depois de Berlim ter cedido os seus próprios tanques à Ucrânia, de acordo com as autoridades suíças.
A Alemanha entregou 18 de seus tanques Leopard 2A6 à Ucrânia.
Berlim comprometeu-se a manter os tanques na Alemanha ou entre os parceiros da NATO ou da UE para complementar os seus arsenais.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão, justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para Kiev e com a imposição de sanções políticas e económicas a Moscovo.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.895 civis mortos e 15.117 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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