As estimativas oficiais apontam para que o limite da dívida federal seja atingido em 01 de junho.
Isto leva a recear que a maior economia do mundo falhe os reembolsos da sua dívida, que ascende a cerca de 32 biliões (milhão de milhões) de dólares. Isto desencadearia uma tempestade catastrófica nos mercados mundiais.
"Ainda não chegámos lá -- não há nada acordado -, mas vejo um avanço que nos pode permitir chegar a acordo", disse McCarthy, na que é a sua avaliação mais otimista até hoje sobre as negociações entre os republicanos no Congresso e o presidente democrata Joe Biden.
"Penso que agora temos um quadro e eu todos estão a trabalhar no duro", acrescentou.
McCarthy ganhou a presidência da Câmara dos Representantes, em janeiro, com a promessa à fração de extrema-direita do seu partido que todo o aumento do limite dos empréstimos seria acompanhado de importantes reduções da despesa federal.
Os democratas, por seu lado, sublinham que o limite da dívida foi elevado dezenas de vezes sem negociações orçamentais e acusam os republicanos de manter a economia norte-americana como "refém".
Os dirigentes do Congresso -- os líderes dos democratas e dos republicanos -- já tiveram duas rondas de negociações com Biden, mas o tempo urge para que a legislação seja aprovada pelo Congresso antes que a liquidez desapareça.
Qualquer acordo tem de ser adotado pela Câmara dos Representantes, dirigida pelos republicanos, e pelo Senado, de maioria democrata, antes da data-limite.
Ora, Kevin McCarthy explicou que pensava que a Câmara precisaria de quatro dias e que os senadores precisariam de sete dias para aprovar o projeto de lei.
"Sempre disse que seria importante procurar chegar a acordo -- sobretudo sobre o princípio -- até ao final da semana", acrescentou.
A Casa Branca mobilizou dois novos negociadores para representar Biden nestas negociações, em a parada é elevada, a saber o assessor presidencial Steve Ricchetti e a diretora do serviço da Casa Branca que controla a execução orçamental, Shalanda Young, antiga funcionária da Câmara dos Representantes.
"Tenho o maior respeito por Shalanda e Ricchetti. Quero dizer que são excecionalmente competentes", declarou McCarthy.
"Têm fortes convicções democratas", mas "trabalham de forma muito profissional", acrescentou.
Alguns democratas do Senado exortaram Biden a invocar, sem necessidade da aprovação do Congresso, a 14.ª Emenda constitucional. Esta estipula que "a validade da dívida pública dos EUA, autorizada pela lei, (...) não pode ser posta em questão", isto é, as despesas já aprovadas têm de ser pagas.
Os governos anteriores têm hesitado em usar esta disposição que se for contestada perante os tribunais poderia minar a confiança e o crédito nos EUA.
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