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Líder separatista novamente condenado à prisão perpétua na Argélia

Um tribunal argelino condenou o líder do Movimento pela Autodeterminação da Cabília (MAK), Ferhat Mehenni, a uma segunda pena de prisão perpétua por desacato e manteve o mandado de prisão emitido contra o oposicionista.

Líder separatista novamente condenado à prisão perpétua na Argélia
Notícias ao Minuto

15:48 - 17/05/23 por Lusa

Mundo Argélia

O tribunal de primeira instância de Argel também condenou um segundo réu no caso, Mahdeb Sofiane, a três anos de prisão por "usar tecnologias de informação para apoiar atos e atividades terroristas", de acordo com dados recolhidos pela agência de notícias estatal argelina APS.

A sentença de hoje soma-se a outra semelhante emitida pelos tribunais argelinos por alegadamente "criar uma organização terrorista" e "atacar a integridade territorial e a unidade nacional" da Argélia.

O procurador de Argel emitiu em setembro de 2021 um mandado de detenção para Mehenni, exilado em França há duas décadas, após ter obtido asilo político naquele país e renunciado à nacionalidade argelina.

O MAK é um movimento que busca a independência da região da Cabília, de maioria berbere.

O Governo argelino publicou em 2021 uma emenda ao Código Penal para ampliar a definição de "terrorismo" e aprovou a criação de uma lista de pessoas e entidades consideradas pelo Governo como organizações terroristas, na qual o MAK foi incluído.

Junto com o MAK, também foi classificado como terrorista o grupo oposicionista Rachad - movimento que defende uma mudança pacífica de regime no país e cujos fundadores incluem ex-integrantes da Frente Islâmica de Salvação (FIS), de orientação islâmica e dissolvida pelas autoridades em 1992 após a eclosão da guerra civil no ano anterior.

O MAK, fundado em plena revolta popular contra o poder central de Argel, durante a chamada "Primavera Negra" de Cabília (2001-2003), descreve-se como um movimento pacífico que procura organizar um referendo sobre a autodeterminação daquela região.

Em 2010, o MAK formou um Governo provisório no exílio, em Paris, liderado por Mehenni.

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