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ONG acusam autoridades do Egito de detenções arbitrárias no Sinai

Duas organizações não-governamentais (ONG) alertaram hoje para detenções arbitrárias de mulheres e crianças familiares de alegados membros do Estado Islâmico (EI) por parte das autoridades egípcias no norte da Península do Sinai, no leste do país.

ONG acusam autoridades do Egito de detenções arbitrárias no Sinai
Notícias ao Minuto

11:54 - 17/05/23 por Lusa

Mundo Egito

Segundo a Human Rights Watch (HRW) e a Fundação do Sinai para os Direitos Humanos, as autoridades torturaram várias mulheres e raparigas e mantiveram-nas em detenção prolongada sem acesso a comunicações.

As detenções tinham o objetivo de pressionar familiares das detidas suspeitos de ligações ao grupo extremista na península a entregarem-se às autoridades ou a fornecer informações.

Algumas das detidas foram vítimas de abusos por parte do grupo islâmico, incluindo violações e casamentos forçados, denunciaram as ONG.

"As autoridades egípcias têm abusado de muitas mulheres e crianças no norte do Sinai para extrair informações sobre os seus supostos familiares afiliados ao EI ou para pressionar esses suspeitos a entregarem-se", disse o diretor executivo da Fundação Sinai para os Direitos Humanos, Ahmed Salem, em comunicado.

"As autoridades devem libertar imediatamente todas as mulheres e raparigas detidas apenas por serem familiares ou associadas a suspeitos do sexo masculino e investigar a tortura e maus-tratos contra elas", exortou.

Desde julho de 2013, as operações militares das autoridades egípcias contra o grupo Wilayat Sinai, que jurou lealdade ao Estado Islâmico em 2014, têm-se intensificado.

As ONG denunciaram que, sob a justificação de combater o grupo islâmico, o exército egípcio e as autoridades têm detido milhares de pessoas, muitas de forma arbitrária.

"Muitas mulheres e raparigas no norte do Sinai já sofreram abusos intoleráveis nas mãos de membros ligados ao EI", destacou o vice-diretor da HRW para o Médio Oriente e Norte de África.

"O governo egípcio deve protegê-las, não fechá-las e torturá-las", concluiu.

O Egito luta há vários anos contra o grupo extremista na parte norte da Península do Sinai. Os militantes realizaram numerosos ataques no Sinai e em outras partes do país, visando principalmente as forças de segurança, minorias cristãs e aqueles que acusam de colaborar com os militares e a polícia.

Leia Também: ACNUR diz que pelo menos 83.758 sudaneses entraram no Egito num mês

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