Nova forma de tratar hemorragias pós-parto pode reduzir risco de morte

A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou hoje que um estudo científico propõe uma nova forma de tratar a hemorragia pós-parto, a principal causa de mortalidade materna no mundo, que causa 700 mil mortes anualmente.

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Lusa
09/05/2023 12:51 ‧ 09/05/2023 por Lusa

Mundo

OMS

A hemorragia pós-parto é uma complicação em que a mulher perde mais de meio litro de sangue nas 24 horas seguintes ao parto. Atinge 14 milhões de mulheres todos os anos e provoca a morte de uma mãe a cada seis minutos em algum lugar do mundo, principalmente nos países pobres.

O estudo publicado hoje, que envolveu 200.000 mulheres em vários países, propõe um dispositivo simples e barato para medir objetivamente a quantidade de sangue perdido, enquanto o método atual de inspeção visual tende a subestimar a perda de sangue e pode levar a um atraso no tratamento que põe em risco a vida da paciente.

Realizado em conjunto por especialistas da OMS e da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, o estudo recomenda ainda que o tratamento para esses casos seja administrado em conjunto, em vez de ser feito por etapas e com pausas entre uma e outra intervenção.

Observou-se que, com o novo método, as hemorragias severas (perda de mais de um litro de sangue após o parto) se reduziam em 60%, diminuindo o risco de morte.

"O tempo é essencial ao responder a uma hemorragia pós-parto, pelo que intervenções que eliminem os atrasos no diagnóstico e no tratamento podem revolucionar a saúde materna", disse o líder do estudo, Arri Coomarasamy, citado pela agência noticiosa espanhola EFE.

A nova recomendação da OMS passa assim por uma deteção rápida e precisa do sangramento, seguida de um tratamento conjunto imediato, quando indicado, que inclui massagens uterinas, medicamentos para contrair o útero e estancar o sangramento e fluidos intravenosos.

Com estas indicações, observou-se ainda uma redução da taxa de transfusões sanguíneas, o que é de particular importância nos países de baixo rendimento, onde o sangue é um bem escasso e caro.

Leia Também: OMS declara o fim da pandemia, mas Covid-19 "está aqui para ficar"

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